{"title":"A PREFEITURA DE SÃO PAULO E A RE-RACIALIZAÇÃO DO BAIRRO DA LIBERDADE NA IDENTIDADE PAULISTANA, 1969-1974","authors":"Lianne Sturgeon","doi":"10.34024/hydra.2023.v6.14441","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo analisa o papel e os motivos da Prefeitura de São Paulo na implantação do Bairro Oriental, inspirado pelo turismo dos Chinatowns norte-americanos, no bairro da Liberdade em 1974. Expõe como este novo pólo turístico alimentou discursos sobre a identidade e o excepcionalismo de São Paulo. A pesquisa aproveita a primeira entrevista acadêmica feita com o idealizador do Bairro Oriental, o jornalista Randolpho Marques Lobato, e apresenta a perspectiva de sua narrativa sobre o Plano Oriental, confrontando-a com a oficial, advinda da Prefeitura municipal. Mostra, o artigo, que a idealização foi fundada em sentimentos pró-Japão e ambições de desenvolver a economia local. A Prefeitura aprovou a visão do Lobato porque permitiu envolver-se na indústria emergente de turismo com outros países \"avançados\" e fomentar o regionalismo racial que dependia no aumento de niponicidade e apagamento da memória negra.","PeriodicalId":426794,"journal":{"name":"Revista Hydra: Revista Discente de História da UNIFESP","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Hydra: Revista Discente de História da UNIFESP","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34024/hydra.2023.v6.14441","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este artigo analisa o papel e os motivos da Prefeitura de São Paulo na implantação do Bairro Oriental, inspirado pelo turismo dos Chinatowns norte-americanos, no bairro da Liberdade em 1974. Expõe como este novo pólo turístico alimentou discursos sobre a identidade e o excepcionalismo de São Paulo. A pesquisa aproveita a primeira entrevista acadêmica feita com o idealizador do Bairro Oriental, o jornalista Randolpho Marques Lobato, e apresenta a perspectiva de sua narrativa sobre o Plano Oriental, confrontando-a com a oficial, advinda da Prefeitura municipal. Mostra, o artigo, que a idealização foi fundada em sentimentos pró-Japão e ambições de desenvolver a economia local. A Prefeitura aprovou a visão do Lobato porque permitiu envolver-se na indústria emergente de turismo com outros países "avançados" e fomentar o regionalismo racial que dependia no aumento de niponicidade e apagamento da memória negra.