{"title":"TRANSIÇÃO DE ENERGIA E \"DUE DILIGENCE\" CORPORATIVA NO CONTEXTO DA COMPLEMENTARIDADE ENTRE OS DIREITOS HUMANOS E OS DIREITOS DA NATUREZA","authors":"Henry Jiménez Guanipa, Javier Tous","doi":"10.22409/rcj.v9i22.54797","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo analisa como a emergência climática afeta não apenas os direitos humanos, mas também os direitos da natureza, tendo estes últimos como um sujeito autônomo e independente. Os direitos humanos e a natureza estão interligados e relacionados através da noção de integralidade. Esta noção é construída de duas maneiras: dos direitos humanos aos direitos da natureza e dos direitos da natureza aos direitos humanos. Diante da emergência climática, para proteger os direitos humanos e a natureza, a solução é reduzir as emissões de GEE, o que, segundo o consenso global de especialistas, só pode ser alcançado através da transição energética. Neste contexto, o artigo estabelece um princípio orientador: a transição energética não é simplesmente uma questão de substituir fontes de energia fóssil por fontes renováveis; a transição deve ser orientada pelo desenvolvimento sustentável, a proteção da natureza e o respeito aos direitos humanos. Assim, levando em conta que os projetos de transição de energia são principalmente liderados e implementados por empresas, um elemento chave que deve orientá-la é a due diligence corporativa sobre os direitos humanos, que, em virtude da integralidade dos direitos humanos, devem estar interligados com a proteção da natureza (due diligence da natureza) e a luta contra emergências climáticas (climate due diligence).","PeriodicalId":122116,"journal":{"name":"Revista Culturas Jurídicas","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Culturas Jurídicas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22409/rcj.v9i22.54797","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo analisa como a emergência climática afeta não apenas os direitos humanos, mas também os direitos da natureza, tendo estes últimos como um sujeito autônomo e independente. Os direitos humanos e a natureza estão interligados e relacionados através da noção de integralidade. Esta noção é construída de duas maneiras: dos direitos humanos aos direitos da natureza e dos direitos da natureza aos direitos humanos. Diante da emergência climática, para proteger os direitos humanos e a natureza, a solução é reduzir as emissões de GEE, o que, segundo o consenso global de especialistas, só pode ser alcançado através da transição energética. Neste contexto, o artigo estabelece um princípio orientador: a transição energética não é simplesmente uma questão de substituir fontes de energia fóssil por fontes renováveis; a transição deve ser orientada pelo desenvolvimento sustentável, a proteção da natureza e o respeito aos direitos humanos. Assim, levando em conta que os projetos de transição de energia são principalmente liderados e implementados por empresas, um elemento chave que deve orientá-la é a due diligence corporativa sobre os direitos humanos, que, em virtude da integralidade dos direitos humanos, devem estar interligados com a proteção da natureza (due diligence da natureza) e a luta contra emergências climáticas (climate due diligence).