{"title":"CARACTERIZAÇÃO MORFO-HISTOLOGICA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO DO PORCELLANIDAE PETROLISTHES ARMATUS E PETROLISTHES LAEVIGATUS","authors":"B. P. Camillo, I. Miranda, L. Pardo, F. Zara","doi":"10.21826/2178-7581x2018179","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A morfo-histologia do sistema reprodutor masculino é desconhecida para Porcellanidae. Neste trabalho caracterizamos o sistema reprodutor masculino e o fluido seminal de Petrolisthes armatus (Gibbes,1850) e Petrolisthes laevigatus (Guérin, 1835). Os espécimes foram coletados em Ubatuba, Brasil e Valdívia, Chile. O sistema reprodutor foi processado para historesina e as lâminas coradas com hematoxilina e eosina, Xilidine ponceau (proteínas), azul de Alcian e PAS para polissacarídeos ácidos e neutros. As espécies apresentaram o testículo tubular, com espermatogônias em um pólo e outras células germinativas no mesmo estágio de maturação. O vaso deferente foi dividido em três regiões: proximal (PVD), mediano (MVD) e distal (DVD), e não ocorre diferenciação anatômica. A PVD é composta por epitélio colunar simples e envolto por fina camada de musculatura, os espermatozoides são encontrados livres imersos em secreção glicoproteica. A MVD apresenta o mesmo tipo de epitélio, não tão alto como da PVD, com musculatura mais espessa e aumento da quantidade de secreção no vaso, os espermatozoides estão em espermatóforos coenospérmicos, com a ampola arredondada e pedúnculos curtos. A DVD apresenta epitélio pavimentoso simples e espessa camada de tecido muscular. O lúmen possui espermatóforos maduros dispostos em arranjo helicoidal. Estes possuem as ampolas alongadas com longas projeções tubulares ocas, com parede glicoproteica e estão separadas por secreção tipo I basófila, intensamente reativa para polissacarídeos ácido e neutros. A ampola tem curto pedúnculo, fortemente glicoproteico, aderido a cordões de secreção tipo II disposto sobre o epitélio. O cordão é fortemente proteico e pouco reativo ao PAS, e negativo para polissacarídeos ácidos. A musculatura atua tanto na modelagem dos espermatóforos e formação das projeções tubulares, como na ejaculação. O cordão será aderido ao esterno da fêmea e a secreção tipo I, deve atrair água de solvatação, levando a separação das ampolas e estiramento das projeções tubulares a qual deve ter papel na deiscência do espermatóforo, sendo diferente em P. laevigatus. Assim, a característica do vaso deferente é similar a outros anomuros, porém o espermatóforo dos Porcellanidae aqui estudados tem como principal característica o pedúnculo curto, apesar do mecanismo de formação do espermatóforo ser semelhante aos ermitões, a projeção tubular da ampola é típica para P. armatus.","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21826/2178-7581x2018179","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A morfo-histologia do sistema reprodutor masculino é desconhecida para Porcellanidae. Neste trabalho caracterizamos o sistema reprodutor masculino e o fluido seminal de Petrolisthes armatus (Gibbes,1850) e Petrolisthes laevigatus (Guérin, 1835). Os espécimes foram coletados em Ubatuba, Brasil e Valdívia, Chile. O sistema reprodutor foi processado para historesina e as lâminas coradas com hematoxilina e eosina, Xilidine ponceau (proteínas), azul de Alcian e PAS para polissacarídeos ácidos e neutros. As espécies apresentaram o testículo tubular, com espermatogônias em um pólo e outras células germinativas no mesmo estágio de maturação. O vaso deferente foi dividido em três regiões: proximal (PVD), mediano (MVD) e distal (DVD), e não ocorre diferenciação anatômica. A PVD é composta por epitélio colunar simples e envolto por fina camada de musculatura, os espermatozoides são encontrados livres imersos em secreção glicoproteica. A MVD apresenta o mesmo tipo de epitélio, não tão alto como da PVD, com musculatura mais espessa e aumento da quantidade de secreção no vaso, os espermatozoides estão em espermatóforos coenospérmicos, com a ampola arredondada e pedúnculos curtos. A DVD apresenta epitélio pavimentoso simples e espessa camada de tecido muscular. O lúmen possui espermatóforos maduros dispostos em arranjo helicoidal. Estes possuem as ampolas alongadas com longas projeções tubulares ocas, com parede glicoproteica e estão separadas por secreção tipo I basófila, intensamente reativa para polissacarídeos ácido e neutros. A ampola tem curto pedúnculo, fortemente glicoproteico, aderido a cordões de secreção tipo II disposto sobre o epitélio. O cordão é fortemente proteico e pouco reativo ao PAS, e negativo para polissacarídeos ácidos. A musculatura atua tanto na modelagem dos espermatóforos e formação das projeções tubulares, como na ejaculação. O cordão será aderido ao esterno da fêmea e a secreção tipo I, deve atrair água de solvatação, levando a separação das ampolas e estiramento das projeções tubulares a qual deve ter papel na deiscência do espermatóforo, sendo diferente em P. laevigatus. Assim, a característica do vaso deferente é similar a outros anomuros, porém o espermatóforo dos Porcellanidae aqui estudados tem como principal característica o pedúnculo curto, apesar do mecanismo de formação do espermatóforo ser semelhante aos ermitões, a projeção tubular da ampola é típica para P. armatus.