Efetivação de direitos fundamentais e difusão de conhecimento empírico

{"title":"Efetivação de direitos fundamentais e difusão de conhecimento empírico","authors":"","doi":"10.5585/rtj.v12i1.24181","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Comentário editorial - Revista Thesis Jurisv. 12, n. 1, jan./jun. 2023Ao iniciar o ciclo do ano de 2023 com o primeiro número do décimo segundo volume, a Revista Thesis Juris se consolida como um espaço acadêmico qualificado para a difusão de pesquisas empíricas e doutrinárias de elevada envergadura científica. Seu caráter aberto e plural atrai autores de todo o Brasil, em busca de visibilidade nacional para seus temas de estudo, que, uma vez conhecidos pela sociedade, passam a ser referencial teórico para novas reflexões, contribuindo para o aperfeiçoamento do sistema jurídico e de suas instituições.Nesta edição, foram selecionados dez artigos, a partir de uma metodologia rigorosa de produção editorial. Os textos são originários de universidades e centros universitários de praticamente todas as regiões do país, com destaque para a Sul, com 4 artigos. A pluralidade de formações e a representatividade de gênero também são traços marcantes desta edição, que contou com a participação de 7 pesquisadoras (35%) e de 13 pesquisadores (65%), de diversos graus de titulações, desde graduando até pós-doutora e pós-doutor.Apesar de plurais, os temas selecionados estão relacionados majoritariamente à promoção de direitos fundamentais, assegurados internacionalmente e no plano normativo da Constituição Federal de 1988, a exemplo da proteção da mulher e da infância, do respeito à igualdade de gênero, da efetividade do direito à saúde, da defesa do meio ambiente, da liberdade econômica, sem prejuízo de outros em matéria processual, doutrinária e relacionados à tecnologia da informação.A revista se inicia com artigo que aborda a presença de discurso sexista no direito brasileiro e suas relações com a violência sexual perpetrada contra mulheres em âmbito de relações afetivas e conjugais. O tema – apresentado pelas autoras Tânia Regina Zimmermann e Jaqueline Cardoso Portela, no artigo “Do amor romântico à violência sexual: a manutenção do discurso generificado nos relacionamentos afetivos e suas implicações no Direito” – representa relevante insumo doutrinário para se avançar em políticas normativas e judiciárias de combate à violência e à discriminação contra a mulher, bem como de promoção da igualdade de gênero. O estudo possui relação com o Tema Repetitivo 177 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que foi revisado para se afastar a necessidade de representação da vítima nas ações penais em crimes de lesão corporal leve cometidos em detrimento da mulher, no âmbito doméstico e familiar, em alinhamento à tese fixada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento de mérito do Tema 713 da repercussão geral, no sentido de que “Os crimes de lesão corporal praticados contra a mulher no âmbito doméstico e familiar são de ação penal pública incondicionada.”.Em continuidade, o periódico apresenta artigo que analisa a emblemática decisão do STJ que admitiu o reconhecimento do tempo de trabalho infantil para fins de aposentadoria na agricultura familiar, denominado “O reconhecimento do tempo de trabalho infantil para fins de aposentadoria na agricultura familiar: uma análise da decisão proferida no Agravo em Recurso Especial nº 956558/SP do STJ. Além de apreciar as razões de decidir fixadas pela Corte Superior, os autores André Viana Custódio e Andrei da Rosa Sauzem Machado discorrem sobre o regime geral de previdência social e contextualizam o trabalho infantil no Brasil, alertando para a necessidade de se ampliar a proteção de crianças e adolescentes tanto em ambiente rural quanto urbano.No terceiro artigo, o direito fundamental à saúde foi apreciado sob o enfoque da implementação de políticas públicas por determinação do Poder Judiciário, mediante provocação do Ministério Público ou da Defensoria Pública, em texto elaborado por Felipe Cardoso Rodrigues Vieira e Jairo de Carvalho Guimarães, que demonstram a importância da ação civil pública e das ações coletivas na promoção e defesa da saúde da população, em especial nas situações de inércia dos entes federativos.A temática ambiental – apreciada em edições anteriores da Revista – ganha destaque com o artigo \"O sistema climático seguro como direito humano tutelável na ordem internacional: análise a partir da ecologização dos direitos humanos”, das autoras Márcia Rodrigues Bertoldi e Renata Xavier Corrêa. Após apresentarem o fenômeno das mudanças climáticas e seus impactos na fruição dos direitos humanos, bem como analisarem as relações jurídicas aplicáveis à matéria, as pesquisadoras defendem que a existência de um sistema climático seguro representa um direito humano a ser tutelável na ordem internacional, como condição para a manutenção da vida.Também sob o olhar empírico da jurisprudência, os autores Priscila de Freitas e Jorge Renato dos Reis investigam o direito ao esquecimento e a solidariedade entre gerações a partir do caso Aída Curi, apreciado no STF sob a sistemática da repercussão geral, Tema 786, em que se discutiu a “Aplicabilidade do direito ao esquecimento na esfera civil quando for invocado pela própria vítima ou pelos seus familiares.”. No julgamento de mérito do tema, realizado em fevereiro de 2021, foi fixada a seguinte tese: “É incompatível com a Constituição a ideia de um direito ao esquecimento, assim entendido como o poder de obstar, em razão da passagem do tempo, a divulgação de fatos ou dados verídicos e licitamente obtidos e publicados em meios de comunicação social analógicos ou digitais. Eventuais excessos ou abusos no exercício da liberdade de expressão e de informação devem ser analisados caso a caso, a partir dos parâmetros constitucionais - especialmente os relativos à proteção da honra, da imagem, da privacidade e da personalidade em geral - e as expressas e específicas previsões legais nos âmbitos penal e cível.\". Para os autores, deve-se priorizar o acesso a fatos e casos jurídicos para que as futuras gerações tenham o acesso à informação.Com base em uma metodologia dogmática, Henrique Porto de Castro e João Costa-Neto apresentam provocativo artigo intitulado “Os mitos do Positivismo Jurídico”, procurando recuperar o debate sobre essa centenária tradição, especialmente no Brasil. Para os autores, o positivismo é comumente criticado, com base em erros e mitos, razão pela qual propuseram resgatar as suas premissas centrais, definindo-o pela presença da tese do artefato e da tese da separabilidade, com presença contingente da tese das fontes e/ou da tese da convencionalidade.Em continuidade, Bruno Bastos de Oliveira e Rute Rodrigues Barros de Abreu Correio apresentam investigação contemporânea relacionando o direito à saúde e a liberdade econômica, a partir das premissas do Law and Economics, bem como dos fundamentos, princípios e fins da Ordem Econômica estabelecida na Constituição Federal de 1988, no texto “Sandbox regulatório e o uso medicinal da cannabis: uma análise sob as premissas Law and Economics”.Além dos variados temas de direito material, a revista também prestigiou artigo que traz uma visão processual moderna sobre o preparo do recurso inominado em juizados especiais cíveis, buscando a sua compatibilização com os princípios e as regras previstas no Código de Processo Civil de 2015, à luz da Teoria do Diálogo de Fontes, produzido por Pedro Henrique Hermes e Rogério Gesta Leal.Quanto à aplicação de algoritmos no Judiciário, matéria prestigiada em edições anteriores, a Revista lança luz sobre problemática cada vez mais atual em sistema de justiça, relacionada ao uso da inteligência artificial (IA) no auxílio decisório de magistrados. As autoras, Jaqueline da Silva Paulichi e Valéria Silva Galdino Cardin, além de avaliarem a possibilidade de sistemas artificiais apoiarem as atividades de magistrados na prolação de suas decisões, também avaliam a viabilidade de juízes serem substituído por sistemas de IA.Por fim, e igualmente importante, Luis Delcides Rodrigues da Silva e Emerson Penha Malheiro apresentam o artigo \"A formação da opinião pública nos novos espaços democráticos: ciberespaço, povo e democracia na sociedade da informação”, por meio do qual  buscam esclarecer a atuação dos atores sociais e os meios pelos quais os instrumentos democráticos aproximam esses sujeitos dos representantes políticos, em um contexto de sociedade digital e em meio a movimentos conflituosos de informação e desinformação.Com sentimento de gratidão, a equipe editorial da Revista Thesis Juris agradece a cada uma das autoras e dos autores que decidiram difundir suas pesquisas jurídicas no qualificado ambiente de conhecimento científico da Universidade Nove de Julho, oportunidade em que se reitera os elogios aos pareceristas, professores e colaboradores que atuaram em cada uma das etapas editoriais da revista.Deseja-se que os temas selecionados contribuam para a promoção de efetivo e pragmático conhecimento jurídico, com o condão de promover o aperfeiçoamento da sociedade brasileira e de suas instituições democráticas!","PeriodicalId":425034,"journal":{"name":"Revista Thesis Juris","volume":"625 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-04-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Thesis Juris","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5585/rtj.v12i1.24181","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract

Comentário editorial - Revista Thesis Jurisv. 12, n. 1, jan./jun. 2023Ao iniciar o ciclo do ano de 2023 com o primeiro número do décimo segundo volume, a Revista Thesis Juris se consolida como um espaço acadêmico qualificado para a difusão de pesquisas empíricas e doutrinárias de elevada envergadura científica. Seu caráter aberto e plural atrai autores de todo o Brasil, em busca de visibilidade nacional para seus temas de estudo, que, uma vez conhecidos pela sociedade, passam a ser referencial teórico para novas reflexões, contribuindo para o aperfeiçoamento do sistema jurídico e de suas instituições.Nesta edição, foram selecionados dez artigos, a partir de uma metodologia rigorosa de produção editorial. Os textos são originários de universidades e centros universitários de praticamente todas as regiões do país, com destaque para a Sul, com 4 artigos. A pluralidade de formações e a representatividade de gênero também são traços marcantes desta edição, que contou com a participação de 7 pesquisadoras (35%) e de 13 pesquisadores (65%), de diversos graus de titulações, desde graduando até pós-doutora e pós-doutor.Apesar de plurais, os temas selecionados estão relacionados majoritariamente à promoção de direitos fundamentais, assegurados internacionalmente e no plano normativo da Constituição Federal de 1988, a exemplo da proteção da mulher e da infância, do respeito à igualdade de gênero, da efetividade do direito à saúde, da defesa do meio ambiente, da liberdade econômica, sem prejuízo de outros em matéria processual, doutrinária e relacionados à tecnologia da informação.A revista se inicia com artigo que aborda a presença de discurso sexista no direito brasileiro e suas relações com a violência sexual perpetrada contra mulheres em âmbito de relações afetivas e conjugais. O tema – apresentado pelas autoras Tânia Regina Zimmermann e Jaqueline Cardoso Portela, no artigo “Do amor romântico à violência sexual: a manutenção do discurso generificado nos relacionamentos afetivos e suas implicações no Direito” – representa relevante insumo doutrinário para se avançar em políticas normativas e judiciárias de combate à violência e à discriminação contra a mulher, bem como de promoção da igualdade de gênero. O estudo possui relação com o Tema Repetitivo 177 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que foi revisado para se afastar a necessidade de representação da vítima nas ações penais em crimes de lesão corporal leve cometidos em detrimento da mulher, no âmbito doméstico e familiar, em alinhamento à tese fixada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento de mérito do Tema 713 da repercussão geral, no sentido de que “Os crimes de lesão corporal praticados contra a mulher no âmbito doméstico e familiar são de ação penal pública incondicionada.”.Em continuidade, o periódico apresenta artigo que analisa a emblemática decisão do STJ que admitiu o reconhecimento do tempo de trabalho infantil para fins de aposentadoria na agricultura familiar, denominado “O reconhecimento do tempo de trabalho infantil para fins de aposentadoria na agricultura familiar: uma análise da decisão proferida no Agravo em Recurso Especial nº 956558/SP do STJ. Além de apreciar as razões de decidir fixadas pela Corte Superior, os autores André Viana Custódio e Andrei da Rosa Sauzem Machado discorrem sobre o regime geral de previdência social e contextualizam o trabalho infantil no Brasil, alertando para a necessidade de se ampliar a proteção de crianças e adolescentes tanto em ambiente rural quanto urbano.No terceiro artigo, o direito fundamental à saúde foi apreciado sob o enfoque da implementação de políticas públicas por determinação do Poder Judiciário, mediante provocação do Ministério Público ou da Defensoria Pública, em texto elaborado por Felipe Cardoso Rodrigues Vieira e Jairo de Carvalho Guimarães, que demonstram a importância da ação civil pública e das ações coletivas na promoção e defesa da saúde da população, em especial nas situações de inércia dos entes federativos.A temática ambiental – apreciada em edições anteriores da Revista – ganha destaque com o artigo "O sistema climático seguro como direito humano tutelável na ordem internacional: análise a partir da ecologização dos direitos humanos”, das autoras Márcia Rodrigues Bertoldi e Renata Xavier Corrêa. Após apresentarem o fenômeno das mudanças climáticas e seus impactos na fruição dos direitos humanos, bem como analisarem as relações jurídicas aplicáveis à matéria, as pesquisadoras defendem que a existência de um sistema climático seguro representa um direito humano a ser tutelável na ordem internacional, como condição para a manutenção da vida.Também sob o olhar empírico da jurisprudência, os autores Priscila de Freitas e Jorge Renato dos Reis investigam o direito ao esquecimento e a solidariedade entre gerações a partir do caso Aída Curi, apreciado no STF sob a sistemática da repercussão geral, Tema 786, em que se discutiu a “Aplicabilidade do direito ao esquecimento na esfera civil quando for invocado pela própria vítima ou pelos seus familiares.”. No julgamento de mérito do tema, realizado em fevereiro de 2021, foi fixada a seguinte tese: “É incompatível com a Constituição a ideia de um direito ao esquecimento, assim entendido como o poder de obstar, em razão da passagem do tempo, a divulgação de fatos ou dados verídicos e licitamente obtidos e publicados em meios de comunicação social analógicos ou digitais. Eventuais excessos ou abusos no exercício da liberdade de expressão e de informação devem ser analisados caso a caso, a partir dos parâmetros constitucionais - especialmente os relativos à proteção da honra, da imagem, da privacidade e da personalidade em geral - e as expressas e específicas previsões legais nos âmbitos penal e cível.". Para os autores, deve-se priorizar o acesso a fatos e casos jurídicos para que as futuras gerações tenham o acesso à informação.Com base em uma metodologia dogmática, Henrique Porto de Castro e João Costa-Neto apresentam provocativo artigo intitulado “Os mitos do Positivismo Jurídico”, procurando recuperar o debate sobre essa centenária tradição, especialmente no Brasil. Para os autores, o positivismo é comumente criticado, com base em erros e mitos, razão pela qual propuseram resgatar as suas premissas centrais, definindo-o pela presença da tese do artefato e da tese da separabilidade, com presença contingente da tese das fontes e/ou da tese da convencionalidade.Em continuidade, Bruno Bastos de Oliveira e Rute Rodrigues Barros de Abreu Correio apresentam investigação contemporânea relacionando o direito à saúde e a liberdade econômica, a partir das premissas do Law and Economics, bem como dos fundamentos, princípios e fins da Ordem Econômica estabelecida na Constituição Federal de 1988, no texto “Sandbox regulatório e o uso medicinal da cannabis: uma análise sob as premissas Law and Economics”.Além dos variados temas de direito material, a revista também prestigiou artigo que traz uma visão processual moderna sobre o preparo do recurso inominado em juizados especiais cíveis, buscando a sua compatibilização com os princípios e as regras previstas no Código de Processo Civil de 2015, à luz da Teoria do Diálogo de Fontes, produzido por Pedro Henrique Hermes e Rogério Gesta Leal.Quanto à aplicação de algoritmos no Judiciário, matéria prestigiada em edições anteriores, a Revista lança luz sobre problemática cada vez mais atual em sistema de justiça, relacionada ao uso da inteligência artificial (IA) no auxílio decisório de magistrados. As autoras, Jaqueline da Silva Paulichi e Valéria Silva Galdino Cardin, além de avaliarem a possibilidade de sistemas artificiais apoiarem as atividades de magistrados na prolação de suas decisões, também avaliam a viabilidade de juízes serem substituído por sistemas de IA.Por fim, e igualmente importante, Luis Delcides Rodrigues da Silva e Emerson Penha Malheiro apresentam o artigo "A formação da opinião pública nos novos espaços democráticos: ciberespaço, povo e democracia na sociedade da informação”, por meio do qual  buscam esclarecer a atuação dos atores sociais e os meios pelos quais os instrumentos democráticos aproximam esses sujeitos dos representantes políticos, em um contexto de sociedade digital e em meio a movimentos conflituosos de informação e desinformação.Com sentimento de gratidão, a equipe editorial da Revista Thesis Juris agradece a cada uma das autoras e dos autores que decidiram difundir suas pesquisas jurídicas no qualificado ambiente de conhecimento científico da Universidade Nove de Julho, oportunidade em que se reitera os elogios aos pareceristas, professores e colaboradores que atuaram em cada uma das etapas editoriais da revista.Deseja-se que os temas selecionados contribuam para a promoção de efetivo e pragmático conhecimento jurídico, com o condão de promover o aperfeiçoamento da sociedade brasileira e de suas instituições democráticas!
基本权利的实现和经验知识的传播
也在判例法的经验看,作者毛毡的乔治·和雷纳托国王的调查的权利从健忘和两代人之间的团结aida Curi srt,使在整个系统的影响,786年的主题是讨论了“权利去遗忘在民事领域的适用性时调用由受害者及其家庭,”。在审判的主题上,2021年2月,是下一个固定的论文:“是不符合宪法的法律外,视为权力的阻碍,因为时间的流逝,真正的事实或数据的传播和依法取得并发表在媒体模拟或数字。过量或滥用在行使言论自由和信息应当根据具体情况分析,从宪法的端点,特别是那些与荣誉的形象,保护隐私和人格整体的明确和具体的预测在刑事和民事法律。”对作家来说,你应该优先提供法律事实和案例,让子孙后代具有访问informação.Com教条的方法的基础上,亨利·卡斯特罗和约翰·斯塔港大侄有煽动性的文章题为“神话的法律实证主义”,把争论这悠久的传统,特别是在巴西。一般为作者,实证主义的批评,根据错误和神话与原因,提出救援中心的前提,它定义的存在和产物分离的博士论文,论文存在配额和/或来源的博士论文,论文的习俗。橄榄的连续性,布鲁诺巴斯托斯和阿伯里斯•鲁特的邮件他们研究当代有关健康和经济自由的权利,从法学和经济学的前提和基础、原则和目的的经济秩序建立在1988年联邦宪法文本中的“沙箱药用蕨类植物的管理和使用:根据以上分析法律与经济学”。除了实体法的多元议题也prestigiou篇文章的杂志上,对人们的现代程序准备上诉inominado特殊juizados民事冲突的平衡的原则和民事诉讼程序的代码规则2015的角度,理论来源的对话,由彼得·亨利爱马仕和罗杰罗马人忠诚。关于算法在司法中的应用,这是以前版本的著名主题,该杂志阐明了司法系统中日益紧迫的问题,与人工智能(ai)在法官决策中的使用有关。作者杰奎琳·达·席尔瓦·保利奇和瓦莱里娅·席尔瓦·加尔迪诺·卡丹,除了评估人工系统支持法官执行判决的可能性外,还评估了人工智能系统取代法官的可行性。最后,同样重要的是,Luis Delcides Rodrigues da Silva和Emerson Penha Malheiro发表了一篇文章“新民主空间中的舆论形成:网络信息社会,人民和民主”,即寻求澄清社会表演的情景剧民主的工具和方法这家伙的政治代表,在数字化社会的大背景下,在叛军运动信息和desinformação.Com的感激之情,论文法学杂志的编辑团队感谢作者和作者的每一个决定在有资格作为研究法律环境科学知识的大学9日,机会,重申对pareceristas老师的赞美和它们的同事们每一个杂志的编辑步骤。希望选定的主题有助于促进有效和务实的法律知识,以促进巴西社会及其民主制度的改善!
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