{"title":"Gramática(s) del contato entre línguas: Como hacer pesquisa en Portunhol?","authors":"Valdilena Rammé","doi":"10.5380/rvx.v18i1.88047","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Uma pesquisa descritiva do portunhol que pretenda ser construída sobre dados empíricos precisa levar em consideração questões metodológicas que vão além do desemaranhar de terminologias que colocam sob este guarda-chuva diferentes fenômenos linguísticos. Propõe-se, neste artigo, uma distinção simples: por um lado, temos um portunhol na fronteira do Uruguai que possui características de língua estabilizada. Por outro, temos diferentes fenômenos que podem ser unificados sob o conceito de interlíngua. Entende-se que, em todos esses contextos, falantes inicialmente monolíngues acionam suas gramáticas maternas e a gramática da interlíngua para se adaptar à necessidade de comunicação, amparados pela proximidade linguística e pela compreensão parcial da outra língua. Visando observar em que medida as gramáticas tão próximas do português e do espanhol favorecem a emergência da interlíngua, discute-se os desafios metodológicos de tal empreitada. Defende-se que, antes de proceder à descrição e análise do objeto de estudo, é preciso considerar a questão de como fazer a coleta e análise dos dados de portunhol como interlíngua, especialmente em contextos de intenso contato entre línguas. Assim, este texto levanta alguns dos principais desafios metodológicos que uma pesquisa sobre o portunhol precisaria suplantar e apresenta uma metodologia de pesquisa que poderia auxiliar nesta superação.","PeriodicalId":108771,"journal":{"name":"Revista X","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-05-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista X","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5380/rvx.v18i1.88047","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Uma pesquisa descritiva do portunhol que pretenda ser construída sobre dados empíricos precisa levar em consideração questões metodológicas que vão além do desemaranhar de terminologias que colocam sob este guarda-chuva diferentes fenômenos linguísticos. Propõe-se, neste artigo, uma distinção simples: por um lado, temos um portunhol na fronteira do Uruguai que possui características de língua estabilizada. Por outro, temos diferentes fenômenos que podem ser unificados sob o conceito de interlíngua. Entende-se que, em todos esses contextos, falantes inicialmente monolíngues acionam suas gramáticas maternas e a gramática da interlíngua para se adaptar à necessidade de comunicação, amparados pela proximidade linguística e pela compreensão parcial da outra língua. Visando observar em que medida as gramáticas tão próximas do português e do espanhol favorecem a emergência da interlíngua, discute-se os desafios metodológicos de tal empreitada. Defende-se que, antes de proceder à descrição e análise do objeto de estudo, é preciso considerar a questão de como fazer a coleta e análise dos dados de portunhol como interlíngua, especialmente em contextos de intenso contato entre línguas. Assim, este texto levanta alguns dos principais desafios metodológicos que uma pesquisa sobre o portunhol precisaria suplantar e apresenta uma metodologia de pesquisa que poderia auxiliar nesta superação.