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Abstract
A manihot sculenta, conhecida como mandioca, é uma planta cultivada em praticamente toda a américa, sendo a fécula um dos principais substratos obtidos a partir da raiz. A produção da fécula de mandioca gera resíduos como o bagaço da mandioca, que apesar de ser rico em amido residual e fibras, não possui destinação que agregue valor. Deste modo, o objetivo deste estudo é a obtenção e caracterização de compósitos de resina poliéster contendo como carga o bagaço de mandioca. Os resultados foram comparados com compósitos produzidos com carbonato de cálcio, que é uma carga tradicional usada na indústria. O bagaço obtido foi desidratado, moído e caracterizado através da análise termogravimétrica, apresentando resultados semelhantes aos encontrados na literatura. O compósito foi obtido através da técnica de casting, com teores de 9,1% e 16,6% em massa de bagaço de mandioca, e analisado a partir de ensaios mecânicos e físicos. Os resultados mostraram que a incorporação de bagaço de mandioca aumenta a viscosidade, a densidade e a absorção de água do compósito. Já o tempo de gel apresentou valores próximos àqueles reportados pela resina poliéster, e superior ao do poliéster contendo carbonato de cálcio. A resistência à flexão e o módulo de elasticidade apresentaram resultados semelhantes aos da resina pura. Desta forma, o bagaço de mandioca, um resíduo da produção de fécula de mandioca, se apresenta como potencial carga para ser usada em compósitos com matriz poliéster.