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Abstract
A crítica é uma espécie de pedra de toque para toda a filosofia latino-americana. Isso porque temos sido críticos na medida em que aprendemos os procedimentos epistemológicos da filosofia ocidental. Porém, a crítica não possui hegemonia na América Latina porque ela adquiriu funcionalidades divergentes com relação ao modelo original. Daí que somos críticos e não somos. O acerto de contas com essa ambiguidade nos mostra que temos sido involuntariamente hipócritas. A evidência disso é que não conseguimos abrir mão da crítica para avaliar a situação efetiva dessa ambiguidade. Com isso, não somente incorremos em uma forma de círculo lógico como resvalamos para o conforto da filosofia europeia. Para abandonar essa hipocrisia involuntária só nos resta o caminho de descobrir que não somos europeus.