{"title":"peste como representação do fenômeno totalitário no século xx em Albert Camus","authors":"Degislando Nóbrega de Lima, A. Oliveira","doi":"10.25247/p1982-999x.2022.v22n3.p77-97","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O simbolismo da peste como uma representação da morte ou da barbárie está estabelecido no imaginário ocidental há muitos milênios. A humanidade já experimentou uma incalculável quantidade de flagelos e parte da obra de Albert Camus é construída a partir dessa relação simbólica entre flagelos e sofrimento humano. Este artigo objetiva apresentar como Albert Camus utiliza alguns signos da peste para representar alguns aspectos do fenômeno totalitário do século XX e apontar algumas características do totalitarismo refletidas nas obras A peste (1947), nos discursos e em conferências do autor e no ensaio filosófico O homem revoltado (1951), além de buscar mostrar a relação simbólica da “peste” e de seus sintomas com as questões éticas enfrentadas pelo Ocidente. Uma vez estabelecidas as consequências da peste, serão identificadas as ações que Camus promove para o enfrentamento da barbárie e da violência a partir do conceito da Revolta.","PeriodicalId":145419,"journal":{"name":"Revista Ágora Filosófica","volume":"177 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Ágora Filosófica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25247/p1982-999x.2022.v22n3.p77-97","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O simbolismo da peste como uma representação da morte ou da barbárie está estabelecido no imaginário ocidental há muitos milênios. A humanidade já experimentou uma incalculável quantidade de flagelos e parte da obra de Albert Camus é construída a partir dessa relação simbólica entre flagelos e sofrimento humano. Este artigo objetiva apresentar como Albert Camus utiliza alguns signos da peste para representar alguns aspectos do fenômeno totalitário do século XX e apontar algumas características do totalitarismo refletidas nas obras A peste (1947), nos discursos e em conferências do autor e no ensaio filosófico O homem revoltado (1951), além de buscar mostrar a relação simbólica da “peste” e de seus sintomas com as questões éticas enfrentadas pelo Ocidente. Uma vez estabelecidas as consequências da peste, serão identificadas as ações que Camus promove para o enfrentamento da barbárie e da violência a partir do conceito da Revolta.