{"title":"Jane Eyre e o projeto imperialista: uma leitura contrapontual","authors":"Vivianete Milla de Freitas","doi":"10.18468/LETRAS.2019V9N2.P35-47","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho se propõe a fazer uma “leitura contrapontual” (SAID, 1995) do romance Jane Eyre tendo como foco o projeto imperialista inglês e a posição ocupada pelos personagens Jane Eyre, Rochester e Bertha Mason. O trabalho coloca em primeiro plano a imbricação entre identidade e questões como raça, nacionalidade, classe e gênero, a partir da interlocução com os escritores McLeod (2010), Spivak (1995) e Said (1995). Esse enfoque busca evidenciar o contexto colonial no romance de Charlotte Brontë, os fatores que determinaram a trajetória de progresso da protagonista Jane Eyre e a condição de exílio da personagem caribenha Bertha Mason. O trabalho examina a relação entre a origem colonial de Bertha e o seu (não) lugar tanto na sociedade inglesa quanto no romance inglês do século XIX. Por outro lado, a ascensão social e o prestígio do casal protagonista Jane Eyre e Rochester, bem como a posição de Jane como heroína individualista da ficção britânica do século XIX são abordadas diante do contexto do imperialismo e sua missão civilizatória.","PeriodicalId":441324,"journal":{"name":"Letras Escreve","volume":"198 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-03-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Letras Escreve","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18468/LETRAS.2019V9N2.P35-47","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este trabalho se propõe a fazer uma “leitura contrapontual” (SAID, 1995) do romance Jane Eyre tendo como foco o projeto imperialista inglês e a posição ocupada pelos personagens Jane Eyre, Rochester e Bertha Mason. O trabalho coloca em primeiro plano a imbricação entre identidade e questões como raça, nacionalidade, classe e gênero, a partir da interlocução com os escritores McLeod (2010), Spivak (1995) e Said (1995). Esse enfoque busca evidenciar o contexto colonial no romance de Charlotte Brontë, os fatores que determinaram a trajetória de progresso da protagonista Jane Eyre e a condição de exílio da personagem caribenha Bertha Mason. O trabalho examina a relação entre a origem colonial de Bertha e o seu (não) lugar tanto na sociedade inglesa quanto no romance inglês do século XIX. Por outro lado, a ascensão social e o prestígio do casal protagonista Jane Eyre e Rochester, bem como a posição de Jane como heroína individualista da ficção britânica do século XIX são abordadas diante do contexto do imperialismo e sua missão civilizatória.