{"title":"Negritude a varejo ou quando uma etiqueta é assimétrica: estratégias necropolíticas no campo das artes","authors":"R. Casteleira, Jefferson Campos","doi":"10.5965/1984724620442019095","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo, tematizamos os modos de (in)existencia da negritude no interior do projeto colonizador de producao de conhecimento, arte e cultura na contemporaneidade. Nosso objetivo e o de compreender em que (des)medida algumas producoes artisticas, ao tematizar a negritude, sao rubricadas por autorias brancas, estas, sustentadas por efeitos de verdade produzidas no campo do fazer artistico. Nossa empreitada elege como objeto de analise a obra “Polvo”, produzida em 2013, pela artista plastica Adriana Varejao, e parte do questionamento que se delineia da seguinte forma: quais sao as estrategias empregadas pela logica colonial na manutencao das relacoes de poder estabelecidas no âmbito das artes, de modo que a existencia negra se apague tanto no nivel autoral, quanto no nivel epistemico da cultura? A partir de uma proposta teorico-analitica de carater decolonial, cujas bases, sao, necessariamente, um modo de inscricao negra no campo de producao de conhecimento, foi possivel compreender que o etiquetamento universal, no campo artistico, se trata de uma especie de estrategia necropolitica de apagamento da autoria negra no âmbito das praticas estabelecidas no campo cultural e artistico. Palavras-chave: Arte brasileira. Negros - Identidade racial. Etiqueta universal..","PeriodicalId":429842,"journal":{"name":"Revista PerCursos","volume":"71 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-03-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista PerCursos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5965/1984724620442019095","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Neste artigo, tematizamos os modos de (in)existencia da negritude no interior do projeto colonizador de producao de conhecimento, arte e cultura na contemporaneidade. Nosso objetivo e o de compreender em que (des)medida algumas producoes artisticas, ao tematizar a negritude, sao rubricadas por autorias brancas, estas, sustentadas por efeitos de verdade produzidas no campo do fazer artistico. Nossa empreitada elege como objeto de analise a obra “Polvo”, produzida em 2013, pela artista plastica Adriana Varejao, e parte do questionamento que se delineia da seguinte forma: quais sao as estrategias empregadas pela logica colonial na manutencao das relacoes de poder estabelecidas no âmbito das artes, de modo que a existencia negra se apague tanto no nivel autoral, quanto no nivel epistemico da cultura? A partir de uma proposta teorico-analitica de carater decolonial, cujas bases, sao, necessariamente, um modo de inscricao negra no campo de producao de conhecimento, foi possivel compreender que o etiquetamento universal, no campo artistico, se trata de uma especie de estrategia necropolitica de apagamento da autoria negra no âmbito das praticas estabelecidas no campo cultural e artistico. Palavras-chave: Arte brasileira. Negros - Identidade racial. Etiqueta universal..