Luciano Dantas Bugarin, India Mara Martins, Flávia Cristina Reis Violim
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Abstract
A proposta deste trabalho é problematizar práticas educacionais da escola brasileira a partir da relação com a produção audiovisual. Entendemos que a escola precisa repensar práticas excludentes, que perpetuam uma monoculturalidade hegemônica e buscar desenvolver um novo olhar que identifique e valorize diferentes culturas entre os alunos. Neste contexto, o cinema apresenta-se como pedagogia propícia para promover a emancipação dos alunos através de uma prática cultural com ênfase na formação social. Ao contrário do planejamento escolar conteudista, a prática fílmica busca proporcionar estratégias mais significativas para criar novos processos de aprendizagem de forma sensível e coletiva. Buscamos apresentar como esta atividade pode propiciar uma tendência no fomento do processo de reconhecimento dos alunos dos modos de aprendizado como diretamente ligados ao seu cotidiano e suas expectativas. Com base em uma metodologia qualitativa de caráter autobiográfico, analisamos de forma reflexiva a temática através de dois casos de prática fílmica em aula. O primeiro em Nova Friburgo (RJ) em 2011 e o segundo em São Paulo (SP) em 2019. Ambos têm em comum apenas a temática social. Concluímos apresentando a importância da mediação do professor e os desafios enfrentados pelo uso do cinema em sala de aula: a importância de lidar com as diferenças que surgem em sala e durante o processo; a forma de avaliar os filmes dos alunos a partir do sentido produzido por suas linguagens; e a importância de ouvir os alunos para adequar a prática para um determinado espaço-tempo e alterar o planejamento quando necessário.