{"title":"O LETRAMENTO LITERÁRIO E A ESTÉTICA DA RECEPÇÃO: CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DE LITERATURA","authors":"T. Silva, Áustria Rodrigues Brito","doi":"10.30681/real.v13i1.3153","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Objetivando relacionar os fundamentos teóricos da Teoria da Estética da Recepção (Jauss) com a do Letramento Literário - na concepção de Zapone (2008) –, e ainda, verificar as contribuições dessas teorias para o ensino de Literatura, efetuamos um estudo bibliográfico, a partir da leitura e análise do artigo “Letramento dominante x vernacular e suas implicações para o ensino da literatura” dos autores Mirian HisaeYaegashi Zapone e Ibrahim Alisson Yamakawa. Após as análises e discussões, concluímos que a educação formal (a escola) tem servido para massificar a ideia de que o letramento dominante (letramento autônomo), aquele institucionalizado por ela mesma, é o único, legítimo e correto letramento. Com tal postura, cria-se um ambiente de desprezo às práticas de leitura, em especial a literária, que os alunos já praticam antes mesmo de chegarem à escola. O resultado da supervalorização do letramento escolar em detrimento dos letramentos inatos à vida dos discentes é refletido nos insucessos do ensino de literatura nas nossas escolas. Diante dessa nefasta conclusão, percebemos que o letramento autônomo traz também ao ensino da literatura efeitos desastrosos; por outro lado, acreditamos que os fundamentos teóricos aqui apresentados, teoria da recepção e letramento literário, tornam-se um caminho viável para que de fato nossos alunos sejam envolvidos e atraídos pelo “manto mágico” da leitura literária, e, a partir, desse envolvimento eles possam se desprender das amarras que lhes são colocadas, e aí possam dar vida ao texto.","PeriodicalId":362476,"journal":{"name":"Revista de Estudos Acadêmicos de Letras","volume":"101 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-12-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Estudos Acadêmicos de Letras","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.30681/real.v13i1.3153","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Objetivando relacionar os fundamentos teóricos da Teoria da Estética da Recepção (Jauss) com a do Letramento Literário - na concepção de Zapone (2008) –, e ainda, verificar as contribuições dessas teorias para o ensino de Literatura, efetuamos um estudo bibliográfico, a partir da leitura e análise do artigo “Letramento dominante x vernacular e suas implicações para o ensino da literatura” dos autores Mirian HisaeYaegashi Zapone e Ibrahim Alisson Yamakawa. Após as análises e discussões, concluímos que a educação formal (a escola) tem servido para massificar a ideia de que o letramento dominante (letramento autônomo), aquele institucionalizado por ela mesma, é o único, legítimo e correto letramento. Com tal postura, cria-se um ambiente de desprezo às práticas de leitura, em especial a literária, que os alunos já praticam antes mesmo de chegarem à escola. O resultado da supervalorização do letramento escolar em detrimento dos letramentos inatos à vida dos discentes é refletido nos insucessos do ensino de literatura nas nossas escolas. Diante dessa nefasta conclusão, percebemos que o letramento autônomo traz também ao ensino da literatura efeitos desastrosos; por outro lado, acreditamos que os fundamentos teóricos aqui apresentados, teoria da recepção e letramento literário, tornam-se um caminho viável para que de fato nossos alunos sejam envolvidos e atraídos pelo “manto mágico” da leitura literária, e, a partir, desse envolvimento eles possam se desprender das amarras que lhes são colocadas, e aí possam dar vida ao texto.