Thaís Aparecida Caixeta Maciel, Rodrigo Vieira de Mello
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Abstract
A evolução biológica é um tema de grande importância no Ensino Médio e também na percepção geral do grande público sobre a origem e diversificação de espécies. No entanto, a disciplina enfrenta grandes desafios para ser compreendida por estudantes, já que sua lógica e raciocínio apresentam divergências com a crença criacionista. Tendo em vista todas as polêmicas ligadas em torno deste tema, o presente artigo teve como objetivo verificar quais as variáveis que mais influenciam a percepção e grau de entendimento de alunos no Ensino Médio sobre os mecanismos e processos subjacentes à evolução biológica. Mais especificamente, nos interessamos em avaliar a influência da crença religiosa dos estudantes e da formação educacional de pais e mães, e como elas estão correlacionadas à percepção sobre evolução nos estudantes. Para isso, foi aplicado um questionário contendo 12 questões em turmas do 3º ano em duas escolas (sendo uma pública e outra particular) do Distrito Federal. Após as análises, os resultados demonstraram que a religião, o tipo de escola e escolaridade de pais e mães foram as variáveis que mais influenciaram no entendimento da biologia evolutiva. Foi também evidenciado que quanto maior a escolaridade dos pais, mais acurado é o conhecimento dos estudantes sobre a teoria evolucionista. Em contrapartida, não houve diferença significativa entre os sexos dos estudantes em suas respostas. Discutimos as possíveis causas e consequências a estes padrões e sugerimos algumas mudanças e posturas necessárias no modo de se ensinar evolução no Brasil. Por fim, salientamos a relevância de se rever e discutir conceitos científicos e biológicos no Ensino Médio, e como transcendê-los para a sociedade, dando especial atenção em não criar conflitos entre o ensino de biologia evolutiva e crenças religiosas.