{"title":"Juventude, violência e trajetória escolar","authors":"Lívia Silva de Souza, Andréia Mello Lacé","doi":"10.20396/rho.v21i00.8665548","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo discute a percepção dos jovens do Sistema Socioeducativo do Distrito Federal, que se encontram no final da medida socioeducativa de internação, sobre juventude, violência e trajetória escolar, problematizando o contexto de vida desses jovens e revelando suas condições juvenis. A pesquisa foi realizada em uma unidade socioeducativa de internação do Distrito Federal, com uma abordagem qualitativa e desenvolvida por meio de dois procedimentos que se complementam. O primeiro consistiu na aplicação de um questionário individual e o outro na realização de dois grupos focais, entre novembro de 2018 e maio de 2019. Participaram do estudo 10 jovens do sexo masculino, com idades entre 17 e 19 anos. Ao dialogar com as referências do campo de estudos sobre juventude e violência, Cara e Gauto (2007), Dayrell e Carrano (2014), José Santos (2014) e Silva (2011), evidenciou-se o risco de analisar os jovens de forma negativa, enfatizando as características que lhes faltariam para corresponder a um determinado modelo de “ser jovem”. A pesquisa revelou os modos pelos quais os jovens em final de medida socioeducativa de internação pensam e constroem as suas experiências com as diferentes faces da violência e apontou que a trajetória escolar dos jovens representa descontinuidade, fragmentação e forte relação entre evasão e envolvimento com o crime.","PeriodicalId":262871,"journal":{"name":"Revista HISTEDBR On-line","volume":"39 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-11-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista HISTEDBR On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/rho.v21i00.8665548","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo discute a percepção dos jovens do Sistema Socioeducativo do Distrito Federal, que se encontram no final da medida socioeducativa de internação, sobre juventude, violência e trajetória escolar, problematizando o contexto de vida desses jovens e revelando suas condições juvenis. A pesquisa foi realizada em uma unidade socioeducativa de internação do Distrito Federal, com uma abordagem qualitativa e desenvolvida por meio de dois procedimentos que se complementam. O primeiro consistiu na aplicação de um questionário individual e o outro na realização de dois grupos focais, entre novembro de 2018 e maio de 2019. Participaram do estudo 10 jovens do sexo masculino, com idades entre 17 e 19 anos. Ao dialogar com as referências do campo de estudos sobre juventude e violência, Cara e Gauto (2007), Dayrell e Carrano (2014), José Santos (2014) e Silva (2011), evidenciou-se o risco de analisar os jovens de forma negativa, enfatizando as características que lhes faltariam para corresponder a um determinado modelo de “ser jovem”. A pesquisa revelou os modos pelos quais os jovens em final de medida socioeducativa de internação pensam e constroem as suas experiências com as diferentes faces da violência e apontou que a trajetória escolar dos jovens representa descontinuidade, fragmentação e forte relação entre evasão e envolvimento com o crime.