{"title":"Notas sobre uma psicologia kierkegaardiana do inconsciente","authors":"Natalia Mendes Teixeira","doi":"10.25244/tf.v15i1.4829","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A descoberta freudiana do inconsciente (Das Unbewusste) revelou a existência de pensamentos e sentimentos não necessariamente amparados pela consciência ativa do sujeito: os estados mentais não-conscientes. Os pseudônimos de Kierkegaard, especialmente os de nível estético, frequentemente são nomeados como inconscientes de sentimentos e pensamentos que os regulam e, no projeto de Kierkegaard, esse fato assume a significação de que estão, na verdade, inconscientes do próprio self: mas, como pode alguém estar inconsciente de seu próprio self e dos estados ativos que amparam sua própria consciência? Se considerarmos que pensar e sentir estão no nível da consciência ativa do sujeito, como ocorrem sem ela? Que tipo de consciência é esta que não ampara todos os sentimentos, pensamentos e representações ou que não os ampara completamente? Ou seja, que consciência é esta que porta, nela mesma, sua própria negatividade ou a condição de sua contradição? Quando descreve suas personagens estetas como não conscientes do próprio self, Kierkegaard está abrindo precedentes para considerarmos que há uma psicologia kierkegaardiana do inconsciente?","PeriodicalId":329575,"journal":{"name":"Trilhas Filosóficas","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-03-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Trilhas Filosóficas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25244/tf.v15i1.4829","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A descoberta freudiana do inconsciente (Das Unbewusste) revelou a existência de pensamentos e sentimentos não necessariamente amparados pela consciência ativa do sujeito: os estados mentais não-conscientes. Os pseudônimos de Kierkegaard, especialmente os de nível estético, frequentemente são nomeados como inconscientes de sentimentos e pensamentos que os regulam e, no projeto de Kierkegaard, esse fato assume a significação de que estão, na verdade, inconscientes do próprio self: mas, como pode alguém estar inconsciente de seu próprio self e dos estados ativos que amparam sua própria consciência? Se considerarmos que pensar e sentir estão no nível da consciência ativa do sujeito, como ocorrem sem ela? Que tipo de consciência é esta que não ampara todos os sentimentos, pensamentos e representações ou que não os ampara completamente? Ou seja, que consciência é esta que porta, nela mesma, sua própria negatividade ou a condição de sua contradição? Quando descreve suas personagens estetas como não conscientes do próprio self, Kierkegaard está abrindo precedentes para considerarmos que há uma psicologia kierkegaardiana do inconsciente?