Maria Clara Rodrigues de Oliveira Holanda, Márcio Vitor Leite de Menêses, Stephanie Caroline de Souza Bezerra, Jéssica Monteiro Queiroz de Medeiros, Renato Otaviano do Rego, Pedro Isidro da Nóbrega Neto
{"title":"ARTRODESE TARSOMETATÁRSICA EM FELINO ATRAVÉS DE PLACA DE BLOQUEIO CÔNICO POR ACOPLAMENTO: RELATO DE CASO","authors":"Maria Clara Rodrigues de Oliveira Holanda, Márcio Vitor Leite de Menêses, Stephanie Caroline de Souza Bezerra, Jéssica Monteiro Queiroz de Medeiros, Renato Otaviano do Rego, Pedro Isidro da Nóbrega Neto","doi":"10.54265/cemg7470","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Fraturas de tarso e metatarso em gatos constituem uma das importantes urgências da rotina cirúrgica ortopédica veterinária, sendo as de tarso mais raras. O maior problema causado por lesões dessas regiões é a perda da capacidade de sustentação do peso corporal e consequente claudicação. A maioria dos casos derivam de traumas diretos resultantes da ação da força sobre o osso, ou de lesões resultantes de hiperextensões, nos casos de luxações. Fraturas metatársicas são classificadas de acordo com sua localização. O objetivo deste relato é abordar um caso de artrodese realizada em um felino atendido no Hospital Veterinário Universitário Prof. Ivon Macêdo Tabosa da Universidade Federal de Campina Grande, campus de Patos/PB. Para a metodologia de elaboração deste trabalho foram analisados dados das fichas clínicas, exames laboratoriais, laudos radiográficos, fichas do exame ortopédico e da descrição cirúrgica. O relato em questão trata-se de um paciente felino de 1 ano, SRD, macho, com 3,7 kg, que chegou para o atendimento clínico com o histórico de que há cerca de uma semana havia saído de casa e ao retornar se apresentava “mancando”. Durante o exame físico o animal se apresentou ativo, em estação e alerta, os parâmetros cardiorrespiratórios sem alterações. O exame ortopédico do paciente mostrou desvio no membro pélvico direito e uma pequena fístula, e no exame de locomoção verificou-se claudicação do mesmo membro. Após o exame físico foram solicitados exames de hemograma e imagem (radiografia simples) nas projeções médiolateral e craniocaudal. No laudo radiográfico: fratura completa transversa em diáfise proximal dos ossos metatársicos dos dígitos II ao V do membro pélvico direito, com o aumento da radiopacidade em torno das articulações metatársicas dos respectivos dígitos. Para a cirurgia realizou-se: incisão cutânea lateral entre tarso e metatarso, seguida pela divulsão romba subcutânea e dissecação muscular para exposição do calcâneo, dos ossos do tarso e metatarso. Após a exposição a fratura foi reduzida pela compressão manual e instalação de pinos de Kirschner de 1 mm cruzados.Para estabilização temporária. Após a implantação dos pinos a placa de bloqueio cônico por acoplamento micro Fixin 1.7 mm foi instalada escolhida por ser um implante versátil, pois permitiu a utilização de 3 parafusos de 1,7 mm no calcâneo e 3 de 1,3 mm nos metatarsos. Antes da implantação da placa houve a drilagem da articulação com broca para fazer o desgaste das articulações que prosseguiu com a colocação de enxerto ósseo oriundo da tíbia proximal, coletado por meio da perfuração com broca de 2.0 mm. Posteriormente, enxertia, miorrafia, redução do espaço subcutâneo ambos com fio ácido poliglicólico 3.0, padrão “x” e “vai e vem”, respectivamente, e dermorrafia com nylon 3.0. Após a realização da artrodese por meio da placa de bloqueio cônico por acoplamento empregados para o tratamento do paciente, foram obtidos resultados satisfatórios, com boa consolidação e aceitação biológica do enxerto, com a locomoção anatômica devolvida ao paciente. Assim, podese concluir que a técnica empregada mostrou-se segura e eficaz para gatos. PALAVRAS-CHAVE: Implantes, Ortopedia Veterinária, Pequenos animais","PeriodicalId":165648,"journal":{"name":"Anais do Congresso Online Acadêmico de Medicina Veterinária","volume":"276 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do Congresso Online Acadêmico de Medicina Veterinária","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54265/cemg7470","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Fraturas de tarso e metatarso em gatos constituem uma das importantes urgências da rotina cirúrgica ortopédica veterinária, sendo as de tarso mais raras. O maior problema causado por lesões dessas regiões é a perda da capacidade de sustentação do peso corporal e consequente claudicação. A maioria dos casos derivam de traumas diretos resultantes da ação da força sobre o osso, ou de lesões resultantes de hiperextensões, nos casos de luxações. Fraturas metatársicas são classificadas de acordo com sua localização. O objetivo deste relato é abordar um caso de artrodese realizada em um felino atendido no Hospital Veterinário Universitário Prof. Ivon Macêdo Tabosa da Universidade Federal de Campina Grande, campus de Patos/PB. Para a metodologia de elaboração deste trabalho foram analisados dados das fichas clínicas, exames laboratoriais, laudos radiográficos, fichas do exame ortopédico e da descrição cirúrgica. O relato em questão trata-se de um paciente felino de 1 ano, SRD, macho, com 3,7 kg, que chegou para o atendimento clínico com o histórico de que há cerca de uma semana havia saído de casa e ao retornar se apresentava “mancando”. Durante o exame físico o animal se apresentou ativo, em estação e alerta, os parâmetros cardiorrespiratórios sem alterações. O exame ortopédico do paciente mostrou desvio no membro pélvico direito e uma pequena fístula, e no exame de locomoção verificou-se claudicação do mesmo membro. Após o exame físico foram solicitados exames de hemograma e imagem (radiografia simples) nas projeções médiolateral e craniocaudal. No laudo radiográfico: fratura completa transversa em diáfise proximal dos ossos metatársicos dos dígitos II ao V do membro pélvico direito, com o aumento da radiopacidade em torno das articulações metatársicas dos respectivos dígitos. Para a cirurgia realizou-se: incisão cutânea lateral entre tarso e metatarso, seguida pela divulsão romba subcutânea e dissecação muscular para exposição do calcâneo, dos ossos do tarso e metatarso. Após a exposição a fratura foi reduzida pela compressão manual e instalação de pinos de Kirschner de 1 mm cruzados.Para estabilização temporária. Após a implantação dos pinos a placa de bloqueio cônico por acoplamento micro Fixin 1.7 mm foi instalada escolhida por ser um implante versátil, pois permitiu a utilização de 3 parafusos de 1,7 mm no calcâneo e 3 de 1,3 mm nos metatarsos. Antes da implantação da placa houve a drilagem da articulação com broca para fazer o desgaste das articulações que prosseguiu com a colocação de enxerto ósseo oriundo da tíbia proximal, coletado por meio da perfuração com broca de 2.0 mm. Posteriormente, enxertia, miorrafia, redução do espaço subcutâneo ambos com fio ácido poliglicólico 3.0, padrão “x” e “vai e vem”, respectivamente, e dermorrafia com nylon 3.0. Após a realização da artrodese por meio da placa de bloqueio cônico por acoplamento empregados para o tratamento do paciente, foram obtidos resultados satisfatórios, com boa consolidação e aceitação biológica do enxerto, com a locomoção anatômica devolvida ao paciente. Assim, podese concluir que a técnica empregada mostrou-se segura e eficaz para gatos. PALAVRAS-CHAVE: Implantes, Ortopedia Veterinária, Pequenos animais