{"title":"Estilização de gênero e ideologias linguísticas","authors":"Amanda Diniz Vallada","doi":"10.20396/cel.v62i0.8656071","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo discute sobre as conexões teóricas entre estilização de gênero e ideologias linguísticas. O conceito de estilização de gênero parte da teoria de gênero de Judith Butler (2019) sobre estilização do corpo e as definições de ideologias linguísticas são dadas por Judith Irvine (1989), Jan Blommaert (2014) e Deborah Cameron (2014). O objetivo principal é compreender como as ideologias linguísticas atuam na estilização de gênero para produzir e legitimar diferenças de gênero. Além disso, o artigo procura mostrar a utilidade de alinhavar os estudos sobre esses dois fenômenos para o campo da Linguística Feminista. As discussões fundamentam-se nas teorizações sobre ideologias linguísticas e estilização de gênero, performatividade e atos de fala (AUSTIN, 1962) e distinção sexo/gênero (RUBIN, 1975). Há, ainda, um panorama dos estudos feministas e da Linguística Feminista antes e depois da virada performativa iniciada por Butler. O artigo mostra, em suas observações teóricas, que na rígida estrutura reguladora que constrói a estilização de gênero participam ativamente as ideologias linguísticas. Para mostrar a atuação desses fenômenos no contexto ocidental vigente, o artigo trata dos aspectos do novo biologismo (CAMERON, 2009; 2010; 2014), uma ideologia linguística com ares de cientificidade.","PeriodicalId":254871,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Lingüísticos","volume":"248 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos de Estudos Lingüísticos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/cel.v62i0.8656071","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo discute sobre as conexões teóricas entre estilização de gênero e ideologias linguísticas. O conceito de estilização de gênero parte da teoria de gênero de Judith Butler (2019) sobre estilização do corpo e as definições de ideologias linguísticas são dadas por Judith Irvine (1989), Jan Blommaert (2014) e Deborah Cameron (2014). O objetivo principal é compreender como as ideologias linguísticas atuam na estilização de gênero para produzir e legitimar diferenças de gênero. Além disso, o artigo procura mostrar a utilidade de alinhavar os estudos sobre esses dois fenômenos para o campo da Linguística Feminista. As discussões fundamentam-se nas teorizações sobre ideologias linguísticas e estilização de gênero, performatividade e atos de fala (AUSTIN, 1962) e distinção sexo/gênero (RUBIN, 1975). Há, ainda, um panorama dos estudos feministas e da Linguística Feminista antes e depois da virada performativa iniciada por Butler. O artigo mostra, em suas observações teóricas, que na rígida estrutura reguladora que constrói a estilização de gênero participam ativamente as ideologias linguísticas. Para mostrar a atuação desses fenômenos no contexto ocidental vigente, o artigo trata dos aspectos do novo biologismo (CAMERON, 2009; 2010; 2014), uma ideologia linguística com ares de cientificidade.