{"title":"Associação entre o perfil nutricional, via de alimentação e sintomas gastrointestinais de pacientes hospitalizados em cuidados paliativos","authors":"Letícia Karolyne Miranda, Gabriela Perussi Carizani Rossi","doi":"10.47320/rasbran.2023.2648","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Objetivo: Identificar os sintomas gastrointestinais de pacientes hospitalizados em cuidados paliativos e relacionar ao estado nutricional e a via de alimentação utilizada. Método: Foram coletados dos prontuários dos pacientes, os dados demográficos, dados do estado nutricional, a via de alimentação e os sintomas gastrointestinais apresentados. Resultado: No total foram avaliados 44 prontuários de pacientes internados sob cuidados paliativos, no período de março a junho de 2021. A média de idade dos pacientes foi de 69,91 anos, destes, 52,27% eram do sexo feminino e 47,73% do sexo masculino. Em relação a classificação do estado nutricional, segundo o IMC, a maior incidência foi de pacientes com baixo peso (43,18%), seguida de eutróficos (36,36%). Quanto à terapia nutricional, 50% estavam recebendo alimentação via enteral e 29,55%, alimentavam-se pela via oral e cerca de 20,45% recebiam alimentação por via enteral associada à oral. Entre os sintomas gastrointestinais, as maiores incidências foram constipação (54,55%), anorexia (36,36%), diarreia (27,27%) e vômito (18,18%). Não houve associação significativa entre o estado nutricional e as manifestações gastrointestinais apresentadas. Houve associação significativa entre os sintomas e a via de alimentação, como a ausência de vômito (p = 0,0023), náusea (p= 0,0468) e hiporexia (p= 0,0113) e menor incidência de anorexia (p= 0,0003) em pacientes com alimentação por via enteral exclusiva. Conclusão: a presença de sintomas adversos devido as medicações utilizadas e progressão da doença, associadas ao estado nutricional é comum nessa população e há necessidade de novas pesquisas que possam contribuir para otimização das condutas dietoterápicas.\n \nPalavras-chave: Cuidados paliativos. Estado nutricional. Terapia nutricional.","PeriodicalId":263780,"journal":{"name":"Revista da Associação Brasileira de Nutrição - RASBRAN","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-03-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista da Associação Brasileira de Nutrição - RASBRAN","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.47320/rasbran.2023.2648","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Objetivo: Identificar os sintomas gastrointestinais de pacientes hospitalizados em cuidados paliativos e relacionar ao estado nutricional e a via de alimentação utilizada. Método: Foram coletados dos prontuários dos pacientes, os dados demográficos, dados do estado nutricional, a via de alimentação e os sintomas gastrointestinais apresentados. Resultado: No total foram avaliados 44 prontuários de pacientes internados sob cuidados paliativos, no período de março a junho de 2021. A média de idade dos pacientes foi de 69,91 anos, destes, 52,27% eram do sexo feminino e 47,73% do sexo masculino. Em relação a classificação do estado nutricional, segundo o IMC, a maior incidência foi de pacientes com baixo peso (43,18%), seguida de eutróficos (36,36%). Quanto à terapia nutricional, 50% estavam recebendo alimentação via enteral e 29,55%, alimentavam-se pela via oral e cerca de 20,45% recebiam alimentação por via enteral associada à oral. Entre os sintomas gastrointestinais, as maiores incidências foram constipação (54,55%), anorexia (36,36%), diarreia (27,27%) e vômito (18,18%). Não houve associação significativa entre o estado nutricional e as manifestações gastrointestinais apresentadas. Houve associação significativa entre os sintomas e a via de alimentação, como a ausência de vômito (p = 0,0023), náusea (p= 0,0468) e hiporexia (p= 0,0113) e menor incidência de anorexia (p= 0,0003) em pacientes com alimentação por via enteral exclusiva. Conclusão: a presença de sintomas adversos devido as medicações utilizadas e progressão da doença, associadas ao estado nutricional é comum nessa população e há necessidade de novas pesquisas que possam contribuir para otimização das condutas dietoterápicas.
Palavras-chave: Cuidados paliativos. Estado nutricional. Terapia nutricional.