{"title":"NEGRO-ABANDONADO NA REPÚBLICA QUE NÃO FOI, POR MEIO DO LITERATURA MACHADIANA","authors":"Murilo Chaves Vilarinho","doi":"10.32813/2179-1120.2022.v15.n1.a786","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O povo brasileiro assistiu bestializado ao alvorecer da República, para José Murilo de Carvalho. Esperou-se que o governo incluísse socialmente os antigos cativos como cidadãos, todavia o abandono tornou-se uma realidade desses indivíduos, que, mesmo após a Abolição, não se constituíram como grupo coeso em termos de identidade, segundo Florestan Fernandes. Esta reflexão pretende fazer alguns apontamentos sobre a identidade e a exclusão social do negro na Primeira República. Metodologicamente, empregaram-se pesquisa bibliográfica e análise documental. Alguns textos literários de Machado de Assis foram estudados à luz do Pensamento Social Brasileiro sobre o contexto histórico pós-escravista. Acredita-se, enfim, que os escritos machadianos, fonte de memória, podem descrever o cotidiano dezenovesco, quando o escravo se tornou um liberto e, por conseguinte, um abandonado pela sociedade classista e pelo Estado Nacional.","PeriodicalId":393564,"journal":{"name":"Revista Ciências Humanas","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-02-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Ciências Humanas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.32813/2179-1120.2022.v15.n1.a786","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O povo brasileiro assistiu bestializado ao alvorecer da República, para José Murilo de Carvalho. Esperou-se que o governo incluísse socialmente os antigos cativos como cidadãos, todavia o abandono tornou-se uma realidade desses indivíduos, que, mesmo após a Abolição, não se constituíram como grupo coeso em termos de identidade, segundo Florestan Fernandes. Esta reflexão pretende fazer alguns apontamentos sobre a identidade e a exclusão social do negro na Primeira República. Metodologicamente, empregaram-se pesquisa bibliográfica e análise documental. Alguns textos literários de Machado de Assis foram estudados à luz do Pensamento Social Brasileiro sobre o contexto histórico pós-escravista. Acredita-se, enfim, que os escritos machadianos, fonte de memória, podem descrever o cotidiano dezenovesco, quando o escravo se tornou um liberto e, por conseguinte, um abandonado pela sociedade classista e pelo Estado Nacional.