{"title":"Formação humana e universidade","authors":"Camila Tomazzoni Marcarini, Maria Elly Herz Genro","doi":"10.5016/ridh.v10i2.151","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo: O presente artigo apresenta contribuições das estudantes feministas auto-organizadas na universidade e no movimento estudantil, a partir de coletivos feministas, nas entidades estudantis e nos Encontros de Mulheres Estudantes (EMEs) da União Nacional de Estudantes (UNE). As contribuições têm origem em seis entrevistas realizadas com as diretoras de mulheres da UNE nas gestões 2002 a 2015 e nas cartas dos seis EMEs que ocorreram no mesmo período. A partir de 2002 é possível perceber uma reorganização feminista no movimento estudantil e nas universidades. Os espaços de auto-organização das estudantes auxiliam a pensar de forma crítica a universidade e a formação que nela é oferecida. Relacionamos as vozes das estudantes com as contribuições de um conjunto de referências como Chauí (2001), Collins (2015), Santos (2019), Segato (2018), Saffioti (2015). A partir das contribuições de Minayo (2012), em diálogo com as fontes da pesquisa, construímos unidades de sentido. Nesse artigo damos destaque a duas delas: as Marcas do patriarcado na universidade e a Formação humana como antídoto: perspectivas de uma universidade feminista. Nossas reflexões também se apoiam em uma perspectiva feminista crítica e analítica que compreende a existência de três sistemas de dominação combinados: o patriarcado, o racismo e o capitalismo.\n \nFormación humana y universidad: aportes feministas desde la autoorganización de los estudiantes\nResumen: Este artículo presenta aportaciones de estudiantes feministas autoorganizadas en la universidad y en el movimiento estudiantil, de colectivos feministas, en organismos estudiantiles y en los Encuentros de Mujeres Estudiantes (EME) de la Unión Nacional de Estudiantes (UNE). Los aportes provienen de seis entrevistas realizadas a directoras de mujeres de la UNE en las gestiones de 2002 a 2015 y de las cartas de los seis EME que tuvieron lugar en el mismo período. A partir de 2002, es posible percibir una reorganización feminista en el movimiento estudiantil y en las universidades. Los espacios de autoorganización de las estudiantes ayudan a pensar críticamente la universidad y la educación que se ofrece en ella. Relacionamos las voces de las estudiantes con los aportes de un conjunto de referentes como Chauí (2001), Collins (2015), Santos (2019), Segato (2018), Saffioti (2015). A partir de los aportes de Minayo (2012), en diálogo con las fuentes de investigación, construimos unidades de sentido. En este artículo destacamos dos de ellas: Las marcas del patriarcado en la universidad y La formación humana como antídoto: perspectivas de una universidad feminista. Nuestras reflexiones se basan también en una perspectiva feminista crítica y analítica que entiende la existencia de tres sistemas combinados de dominación: el patriarcado, el racismo y el capitalismo.\nPalabras clave: Formación humana. Feminismo. Universidad. Estudiantes.\n \nHuman formation and university: feminist contributions from the students’ self-organization\nAbstract: This article presents contributions from self-organized feminist students in the university and in the student movement, from feminist collectives, in student organizations and in the Women Students Encounters (EME) of the National Union of Students (UNE). The contributions come from six interviews conducted with UNE women directors from 2002 to 2015 and from the letters of the six EMEs that took place in the same period. From 2002, it is possible to perceive a feminist reorganization in the student movement and in the universities. The students’ spaces of self-organization help to think critically about the university and the education offered in it. We relate the students’ voices to the contributions of a set of referents such as Chauí (2001), Collins (2015), Santos (2019), Segato (2018), Saffioti (2015). Based on the contributions of Minayo (2012), in dialogue with the research sources, we constructed units of meaning. In this article we highlight two of them: The marks of patriarchy in the university and Human formation as an antidote: perspectives of a feminist university. Our reflections are also based on a critical and analytical feminist perspective that understands the existence of three combined systems of domination: patriarchy, racism and capitalism.\nKeywords: Human formation. Feminism. University. 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Abstract
Resumo: O presente artigo apresenta contribuições das estudantes feministas auto-organizadas na universidade e no movimento estudantil, a partir de coletivos feministas, nas entidades estudantis e nos Encontros de Mulheres Estudantes (EMEs) da União Nacional de Estudantes (UNE). As contribuições têm origem em seis entrevistas realizadas com as diretoras de mulheres da UNE nas gestões 2002 a 2015 e nas cartas dos seis EMEs que ocorreram no mesmo período. A partir de 2002 é possível perceber uma reorganização feminista no movimento estudantil e nas universidades. Os espaços de auto-organização das estudantes auxiliam a pensar de forma crítica a universidade e a formação que nela é oferecida. Relacionamos as vozes das estudantes com as contribuições de um conjunto de referências como Chauí (2001), Collins (2015), Santos (2019), Segato (2018), Saffioti (2015). A partir das contribuições de Minayo (2012), em diálogo com as fontes da pesquisa, construímos unidades de sentido. Nesse artigo damos destaque a duas delas: as Marcas do patriarcado na universidade e a Formação humana como antídoto: perspectivas de uma universidade feminista. Nossas reflexões também se apoiam em uma perspectiva feminista crítica e analítica que compreende a existência de três sistemas de dominação combinados: o patriarcado, o racismo e o capitalismo.
Formación humana y universidad: aportes feministas desde la autoorganización de los estudiantes
Resumen: Este artículo presenta aportaciones de estudiantes feministas autoorganizadas en la universidad y en el movimiento estudiantil, de colectivos feministas, en organismos estudiantiles y en los Encuentros de Mujeres Estudiantes (EME) de la Unión Nacional de Estudiantes (UNE). Los aportes provienen de seis entrevistas realizadas a directoras de mujeres de la UNE en las gestiones de 2002 a 2015 y de las cartas de los seis EME que tuvieron lugar en el mismo período. A partir de 2002, es posible percibir una reorganización feminista en el movimiento estudiantil y en las universidades. Los espacios de autoorganización de las estudiantes ayudan a pensar críticamente la universidad y la educación que se ofrece en ella. Relacionamos las voces de las estudiantes con los aportes de un conjunto de referentes como Chauí (2001), Collins (2015), Santos (2019), Segato (2018), Saffioti (2015). A partir de los aportes de Minayo (2012), en diálogo con las fuentes de investigación, construimos unidades de sentido. En este artículo destacamos dos de ellas: Las marcas del patriarcado en la universidad y La formación humana como antídoto: perspectivas de una universidad feminista. Nuestras reflexiones se basan también en una perspectiva feminista crítica y analítica que entiende la existencia de tres sistemas combinados de dominación: el patriarcado, el racismo y el capitalismo.
Palabras clave: Formación humana. Feminismo. Universidad. Estudiantes.
Human formation and university: feminist contributions from the students’ self-organization
Abstract: This article presents contributions from self-organized feminist students in the university and in the student movement, from feminist collectives, in student organizations and in the Women Students Encounters (EME) of the National Union of Students (UNE). The contributions come from six interviews conducted with UNE women directors from 2002 to 2015 and from the letters of the six EMEs that took place in the same period. From 2002, it is possible to perceive a feminist reorganization in the student movement and in the universities. The students’ spaces of self-organization help to think critically about the university and the education offered in it. We relate the students’ voices to the contributions of a set of referents such as Chauí (2001), Collins (2015), Santos (2019), Segato (2018), Saffioti (2015). Based on the contributions of Minayo (2012), in dialogue with the research sources, we constructed units of meaning. In this article we highlight two of them: The marks of patriarchy in the university and Human formation as an antidote: perspectives of a feminist university. Our reflections are also based on a critical and analytical feminist perspective that understands the existence of three combined systems of domination: patriarchy, racism and capitalism.
Keywords: Human formation. Feminism. University. Students.