Biomarcadores na Urticária Crónica Espontânea

Inês Pratas Nunes, M. Gonçalo
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Abstract

Introdução: Atualmente, a compreensão sobre a etiopatogenia da urticária crónica espontânea é escassa. Devido à carência de dados sobre a sua etiologia, o tratamento disponível tem apenas como objetivo o controlo sintomático, com a maioria dos doentes a serem resistentes à primeira e segunda linha terapêutica (anti-H1 de segunda geração). Tendo em conta o seu impacto no doente e o difícil controlo sintomatológico, surgiu a necessidade de investigar marcadores de resposta ao tratamento da urticária crónica espontânea. Métodos: Realizou-se uma revisão sobre biomarcadores que permitem guiar na prática clínica a escalada terapêutica destes doentes, permitindo um controlo mais eficaz e precoce da urticária. Resultados: Na urticária crónica espontânea (UCE) têm sido investigados muitos biomarcadores, mas são ainda escassos e por vezes contraditórios os resultados sobre a sua capacidade de prever a resposta à terapêutica. A maioria dos estudos é concordante na menor reatividade aos anti-H1 perante níveis de PCR ou D-dímeros elevados e nas formas de UCE autoimunes. Neste último caso, se predominarem anticorpos IgG anti-FcεRI ou anti-IgE (autoimunidade tipo IIb), os doentes habitualmente têm o teste do soro autólogo e o teste de ativação dos basófilos positivos, basopenia, eosinopenia e IgE sérica total baixa ou muito baixa, e a resposta ao omalizumab costuma ser pobre e/ou lenta, mas tendencialmente favorável à ciclosporina. Se predominar a IgE anti-self (autoimundade tipo I ou autoalergia) a IgE sérica total é normal ou elevada, na ausência dos marcadores característicos da autoimunidade IIb, e a resposta à ciclosporina é pobre, mas bastante favorável e rápida ao omalizumb. A elevação dos D-dímeros prediz uma reposta desfavorável aos três fármacos. Conclusão: Na UCE resistente aos anti-histamínicos de segunda geração, habitualmente com PCR e D-dímeros elevados, os doentes que respondem favoravelmente à ciclosporina e lentamente ao omalizumab têm normalmente uma autoimunidade tipo IIb subjacente e os doentes refratários à terapêutica com ciclosporina e que respondem rapidamente ao omalizumab têm subjacente uma autoimunidade tipo I ou autoalérgica. Estes subtipos podem ser indiretamente avaliados pelos níveis séricos de IgE total, pelos valores de basófilos e eosinófilos circulantes e pelos testes do soro autólogo e de ativação dos basófilos. Contudo, são ainda necessários mais estudos para estabelecer biomarcadores mais precisos que auxiliem na seleção da escalada terapêutica.
慢性自发性荨麻疹的生物标志物
简介:目前对慢性自发性荨麻疹的发病机制知之甚少。由于缺乏病因数据,现有的治疗方法仅以症状控制为目标,大多数患者对一线和二线治疗(第二代抗h1)具有耐药性。考虑到其对患者的影响和难以控制症状,有必要研究慢性自发性荨麻疹治疗的反应标志物。方法:对生物标志物进行综述,以指导临床实践中这些患者的治疗升级,从而更有效和早期控制荨麻疹。结果:在慢性自发性荨麻疹(uc)中,许多生物标志物已经被研究,但关于它们预测治疗反应的能力的结果仍然很少,有时是矛盾的。大多数研究一致认为,在高PCR或D-二聚体水平和自身免疫UCE形式下,抗h1反应较低。在后一种情况下,如果主要抗体IgG -Fcε笑或抗-IgE(自身免疫性IIb型),患者通常有自体血清的测试和考试的积极的嗜碱粒细胞激活,basopenia eosinopenia和血清艾吉低或很低,全面应对omalizumab通常是可怜的和/或缓慢,但这有利于环孢菌素。如果抗自身IgE (I型自身免疫或自身过敏)占优势,则血清总IgE正常或高,无IIb自身免疫标记,环孢素反应差,但对omalizumb反应良好且快速。D-二聚体的升高预测了对这三种药物的不良反应。结论:在欧洲可以抵御的第二代抗组胺药,通常用PCR和D -dímeros高,患者积极回应到omalizumab环孢菌素和缓慢,通常需要一个自身免疫性IIb型耐火和病人的基本环孢菌素治疗快速反应omalizumab潜在的自身免疫型或autoalérgica。这些亚型可以通过血清总IgE水平、循环嗜碱性粒细胞和嗜酸性粒细胞值以及自体血清和嗜碱性粒细胞激活试验间接评估。然而,还需要更多的研究来建立更精确的生物标志物,以帮助选择治疗升级。
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