{"title":"REFLEXÕES SOBRE O DEVER DE FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS E A IMPARCIALIDADE JUDICIAL: “O QUE FALAR QUER DIZER” E O QUE NÃO DIZER QUER FALAR?","authors":"Bárbara Gomes Lupetti Batista","doi":"10.14690/2317-8442.2015V33169","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O subtitulo deste artigo referencia o texto de Pierre Bourdieu, intitulado “O que falar quer dizer” (1983, p. 75-88), porque a expressao usada pelo sociologo e elucidativa da problematica ora proposta. O texto trata das tensoes existentes entre a garantia da fundamentacao das decisoes judiciais, controladas atraves da explicitacao das razoes de decidir dos magistrados, e o seu dever de imparcialidade. Atraves de pesquisa de campo realizada no Tribunal de Justica do Estado do Rio de Janeiro, percebe-se que nem sempre existe correspondencia entre as razoes “reais” de decidir e a fundamentacao racional expressa na decisao judicial. A pesquisa aponta que existem motivacoes ocultas nas decisoes judiciais e que a invisibilidade proposital das razoes de decidirsustentaa crenca na imparcialidade judicial.","PeriodicalId":232562,"journal":{"name":"Amazon's Research and Environmental Law","volume":"74 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2016-08-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Amazon's Research and Environmental Law","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14690/2317-8442.2015V33169","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O subtitulo deste artigo referencia o texto de Pierre Bourdieu, intitulado “O que falar quer dizer” (1983, p. 75-88), porque a expressao usada pelo sociologo e elucidativa da problematica ora proposta. O texto trata das tensoes existentes entre a garantia da fundamentacao das decisoes judiciais, controladas atraves da explicitacao das razoes de decidir dos magistrados, e o seu dever de imparcialidade. Atraves de pesquisa de campo realizada no Tribunal de Justica do Estado do Rio de Janeiro, percebe-se que nem sempre existe correspondencia entre as razoes “reais” de decidir e a fundamentacao racional expressa na decisao judicial. A pesquisa aponta que existem motivacoes ocultas nas decisoes judiciais e que a invisibilidade proposital das razoes de decidirsustentaa crenca na imparcialidade judicial.