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Abstract
Este artigo apresenta uma breve discussão interdisciplinar sobre a revitalização do conhecimento tradicional feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no planejamento de políticas públicas de atenção primária à saúde. As normativas da organização introduziram a perspectiva tradicional como viés para a construção de um conhecimento situado e compartilhado sobre saúde e centrado nas necessidades dos sujeitos e de suas particularidades, em colaboração com o conhecimento cientificamente legitimado. Metodologicamente, as discussões desta proposta fundamentaram-se na análise documental das normativas da OMS à luz da literatura crítica sobre a institucionalização da hegemonia do modelo biomédico de atenção à saúde em detrimento dos saberes tradicionais e complexos não oficiais. Os resultados da investigação apontaram que a cooptação das medicinas tradicionais pelos sistemas nacionais e internacionais de cuidados primários como alternativa à contenção dos agravos à saúde parece estar associada a crescente insatisfação com o modelo biomédico hegemônico e dominante.