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Abstract
Diante de um cenário em que se observa alguns países, como os Estados Unidos da América e o Brasil, em um movimento de retrocesso civilizatório e de autoritarismo político, resultando, por vezes, em cerceamento de direitos já conquistados por alguns grupos minoritários, este artigo teórico propõe-se a refletir a respeito da constituição de representações sociais sobre as pessoas com deficiência, por meio de breve retrospectiva histórica e a partir da interveniência de fenômenos como alteridade, diversidade, preconceito, estereótipos e estigmas. Constata-se que o reconhecimento das diferenças entre os seres humanos, e a sua consequente exclusão, deriva da definição de um padrão de normalidade que serve como parâmetro para a classificação dos indivíduos, levando-se em consideração atributos físicos, comportamentais ou sociais. Busca-se, portanto, demonstrar que é imprescindível a transformação das representações sociais consolidadas sobre as pessoas com deficiência para que se reconheça a deficiência como parte da condição humana e, assim, seja-lhes garantido o acesso irrestrito a direitos e à efetiva inclusão social. Por fim, identificou-se a necessidade de se incrementar a pesquisa científica sobre os impactos das representações sociais na efetividade da inclusão das pessoas com deficiência nos diversos ambientes sociais, como a escola, a universidade, o mercado de trabalho, dentre outros.