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Abstract
O presente artigo resulta de uma investigação dos conflitos surgidos entre habitantes da região sul do Rio Grande do Sul e trabalhadores advindos das mais variadas regiões do Brasil atraídos pela abertura de milhares de postos de trabalho no Polo Naval de Rio Grande entre 2013 e 2016. Os nativos acusavam a invasão e a desordem que os migrantes "baianos" estariam causando na cidade outrora equilibrada, tranquila e organizada. A pesquisa tomou a figura do "baiano", tal como perfilada nos discursos de seus enunciadores, como uma pista para a compreensão do conflito mesmo. Sendo assim, percebia-se primeiramente que a designação "baiano" não obedecia a qualquer correspondência geográfica com os habitantes do estado da Bahia, mas a uma variedade de indivíduos que poderiam ser tanto baianos quanto cariocas, paulistas, catarinenses, de modo que a categoria mostrou-se operar a partir de outros esquemas de demarcação. Observou-se então que "baiano" era uma ferramenta criada pelos habitantes da cidade para condensar os migrantes "estrangeiros" que perturbavam sua realidade e direcionar à figura uma série de alegações e acusações daquilo que em seu sistema moral era tido como negativo e inaceitável.
本文是对2013年至2016年期间里约热内卢Grande do sul海军基地数千个工作岗位的开放所吸引的来自巴西不同地区的居民和工人之间发生冲突的调查结果。当地人指责“巴伊亚”移民在这个曾经平衡、平静和有组织的城市造成的入侵和混乱。该研究将“巴伊亚诺”的形象作为理解冲突本身的线索,正如其发音者的演讲中所概述的那样。第一个那么显而易见,“巴西地理不遵守任何信件和巴伊亚州的居民,但对不同的人,可以那么baianos里约热内卢,圣保罗,catarinenses,测量是进行其他形式的界定。据观察,“巴伊亚诺”是城市居民创造的一种工具,用来浓缩“外国”移民,这些移民扰乱了他们的现实,并将一系列在他们的道德体系中被认为是消极和不可接受的指控和指控指向人物。