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Abstract
Considerando a relação ainda pouco conhecida entre Søren Kierkegaard (1813-1855) e Sigmund Freud (1856-1859), o objetivo deste artigo é pensar o horizonte do conceito de repetição enquanto problema filosófico e psicanalítico. A hipótese a ser argumentada aqui é que o pensador dinamarquês e o pai da psicanálise, embora não tenham de fato travado uma interação, lançam mão de ferramentas conceituais importantes para a psicanálise. Mostraremos como as reflexões de Kierkegaard e Freud, ora se aproximam, ora se distanciam. O artigo contribui, nesse sentido, tanto para se pensar em uma possível aproximação conceitual entre Kierkegaard e Freud, quanto para abordar um pano de fundo que trata da relação entre filosofia e psicanálise, na medida em que perpassa as discussões de ambos sobre o lugar da repetição. O pressuposto desta aproximação é a conjectura sustentada aqui que Kierkegaard antecipa no século XIX uma temática que seria retomada pela teoria psicanalítica no século seguinte. Pensaremos a perspectiva kierkegaardiana com a sua obra: A repetição, ao passo que em Freud frequentaremos as obras: Repetir, recordar e elaborar (1914) e Além do princípio do prazer (1920).