{"title":"ENSAIO SOBRE AS ORIGENS DO LIBERALISMO E IMPLICAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL","authors":"Guilherme Vieira Dias","doi":"10.32813/2179-1120.2022.v15.n1.a820","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Diante da emergência de diversos problemas socioambientais provocados pelo modo como produzimos riqueza no âmbito do capitalismo, intensificou-se nos últimos 50 anos o debate público e os esforços para conciliar o crescimento econômico com noções de justiça social e prudência ecológica, consolidando-se a noção de desenvolvimento sustentável. Os objetivos do desenvolvimento sustentável não têm sido alcançados pela via da auto-regulação do mercado, sendo demandada a participação dos Estados de diversas formas. Argumenta-se no presente ensaio que há duas tradições liberais: a) o liberalismo social, que reconhece a existência de imperfeições e falhas no mercado, admitindo que o Estado pode agir no sentido de minimizar ou solucionar tais falhas que não seriam resolvidas pela auto-regulação do mercado; b) o liberalismo reacionário, que não admite a possibilidade do mercado ter imperfeições e falhas e, consequentemente, rejeita a ideia de que o mercado precisa do Estado para corrigir o que quer que seja. O presente ensaio pretende debater as possibilidades do liberalismo contribuir com as pautas do desenvolvimento sustentável, a partir do resgate de contribuições dos pais fundadores e considerações sobre as diferenças entre as duas tradições liberais.\n ","PeriodicalId":393564,"journal":{"name":"Revista Ciências Humanas","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Ciências Humanas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.32813/2179-1120.2022.v15.n1.a820","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Diante da emergência de diversos problemas socioambientais provocados pelo modo como produzimos riqueza no âmbito do capitalismo, intensificou-se nos últimos 50 anos o debate público e os esforços para conciliar o crescimento econômico com noções de justiça social e prudência ecológica, consolidando-se a noção de desenvolvimento sustentável. Os objetivos do desenvolvimento sustentável não têm sido alcançados pela via da auto-regulação do mercado, sendo demandada a participação dos Estados de diversas formas. Argumenta-se no presente ensaio que há duas tradições liberais: a) o liberalismo social, que reconhece a existência de imperfeições e falhas no mercado, admitindo que o Estado pode agir no sentido de minimizar ou solucionar tais falhas que não seriam resolvidas pela auto-regulação do mercado; b) o liberalismo reacionário, que não admite a possibilidade do mercado ter imperfeições e falhas e, consequentemente, rejeita a ideia de que o mercado precisa do Estado para corrigir o que quer que seja. O presente ensaio pretende debater as possibilidades do liberalismo contribuir com as pautas do desenvolvimento sustentável, a partir do resgate de contribuições dos pais fundadores e considerações sobre as diferenças entre as duas tradições liberais.