{"title":"COMPOSIÇÃO LARVAL DE BRACHYURA NA PLATAFORMA CONTINENTAL AMAZÔNICA","authors":"F. A. Lima, A. Tavares, J. M. Martinelli-Lemos","doi":"10.21826/2178-7581X2018034","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Brachyura é um dos grupos mais estudados e o mais diversificado de crustáceos com 6.793 espécies conhecidas. Ao longo da Costa Norte do Brasil há ocorrência de 272 espécies de caranguejos, e apesar de seu importante papel na biota aquática, poucos trabalhos são direcionados à composição de larvas do grupo, principalmente na região costeira amazônica. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo investigar a composição e a densidade larval de Brachyura na plataforma continental amazônica, a fim de conhecer sua dinâmica nesse ambiente. As amostragens foram realizadas em seis (6) locais na área da PCA, nos meses de outubro/2013, período de menor vazão do Rio Amazonas, e maio/2014, período de maior vazão, através de arrastos horizontais sub-superficiais com rede de plâncton de 300 μm de malha, totalizando ao final 12 amostras (2 expedições x 6 locais). Em laboratório, as larvas foram identificadas com auxílio de microscópio óptico até o menor nível taxonômico possível. A densidade larval (larvas/m3) foi estimada em função do volume de água filtrado, calculado a partir do fluxômetro acoplado na abertura da rede. Para verificar diferenças entre a densidade das larvas em relação aos meses e aos locais, foi utilizada análise de Kruskal-Wallis devido à ausência de normalidade dos dados. Foi coletado um total de 2751 larvas (1756 larvas em outubro/13 e 995 em maio/14), pertencentes à Armases benedicti, Armases sp., Minuca burgersi, Uca sp. 1, Uca sp. 2, Uca sp. 3, Pachygrapsus gracilis, Panopeus lacustris, Persephona sp., Pinnixa gracilipes e família Portunidae. A maioria das espécies ocorreu desde zoea I a estágios posteriores, porém Uca sp. 1, Uca sp. 2, Uca sp. 3., P. gracilis e Persephona sp.foram encontrados apenas em zoea I. Todas as megalopas (962) foram encontradas em outubro/13 e pertencem a P. lacustris, que foi a espécie mais abundante do estudo, contribuindo com 53,6% do total de larvas, seguido por Uca sp 1. com 17,7% e Armases benedicti com 4,9%. Não foi verificada diferença na densidade larval total entre meses (KW= 0.1026; p= 0.7488) nem entre os locais amostrados (KW= 8.4615; p= 0.1326), o que pode ser decorrente da amostragem em poucos meses e do uso da densidade total nas análises, pois mesmo pertencentes a Brachyura, as famílias apresentam comportamentos diversos de reprodução e dispersão larval, decorrente da tolerância de cada espécie às variações ambientais.","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"42 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21826/2178-7581X2018034","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Brachyura é um dos grupos mais estudados e o mais diversificado de crustáceos com 6.793 espécies conhecidas. Ao longo da Costa Norte do Brasil há ocorrência de 272 espécies de caranguejos, e apesar de seu importante papel na biota aquática, poucos trabalhos são direcionados à composição de larvas do grupo, principalmente na região costeira amazônica. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo investigar a composição e a densidade larval de Brachyura na plataforma continental amazônica, a fim de conhecer sua dinâmica nesse ambiente. As amostragens foram realizadas em seis (6) locais na área da PCA, nos meses de outubro/2013, período de menor vazão do Rio Amazonas, e maio/2014, período de maior vazão, através de arrastos horizontais sub-superficiais com rede de plâncton de 300 μm de malha, totalizando ao final 12 amostras (2 expedições x 6 locais). Em laboratório, as larvas foram identificadas com auxílio de microscópio óptico até o menor nível taxonômico possível. A densidade larval (larvas/m3) foi estimada em função do volume de água filtrado, calculado a partir do fluxômetro acoplado na abertura da rede. Para verificar diferenças entre a densidade das larvas em relação aos meses e aos locais, foi utilizada análise de Kruskal-Wallis devido à ausência de normalidade dos dados. Foi coletado um total de 2751 larvas (1756 larvas em outubro/13 e 995 em maio/14), pertencentes à Armases benedicti, Armases sp., Minuca burgersi, Uca sp. 1, Uca sp. 2, Uca sp. 3, Pachygrapsus gracilis, Panopeus lacustris, Persephona sp., Pinnixa gracilipes e família Portunidae. A maioria das espécies ocorreu desde zoea I a estágios posteriores, porém Uca sp. 1, Uca sp. 2, Uca sp. 3., P. gracilis e Persephona sp.foram encontrados apenas em zoea I. Todas as megalopas (962) foram encontradas em outubro/13 e pertencem a P. lacustris, que foi a espécie mais abundante do estudo, contribuindo com 53,6% do total de larvas, seguido por Uca sp 1. com 17,7% e Armases benedicti com 4,9%. Não foi verificada diferença na densidade larval total entre meses (KW= 0.1026; p= 0.7488) nem entre os locais amostrados (KW= 8.4615; p= 0.1326), o que pode ser decorrente da amostragem em poucos meses e do uso da densidade total nas análises, pois mesmo pertencentes a Brachyura, as famílias apresentam comportamentos diversos de reprodução e dispersão larval, decorrente da tolerância de cada espécie às variações ambientais.