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Abstract
As teorias linguísticas não possuem reflexões lineares e estanques. Por isso, notamos pesquisas da linguística, sob determinados contextos sócio-históricos, que lançam olhares críticos para o que foi investigado acerca das práticas de linguagem e direcionam a lupa para novos horizontes. Nesse viés, a especificidade deste estudo é refletir sobre as entidades texto, gênero e discurso como um continuum, a partir de como esses fenômenos são concebidos teórica e metodologicamente em referenciais curriculares. Esses conceitos foram trabalhados do seguinte modo: texto, a partir das discussões de Bakhtin (2016 [1952-1953]), Bezerra (2019) e Geraldi (1984); discurso, sob a ótica de Sobral (2010) e Fiorin (2018); e gêneros do discurso, através das reflexões de Araújo (2021), Bakhtin (2016 [1952-1953]), Cope, Kalantzis e Pinheiro (2020) e Pereira (2022). A partir de uma abordagem qualitativa, desenvolvemos os encaminhamentos teórico-metodológicos apropriados ao estudo exploratório da pesquisa documental, tendo como fontes primárias os PCN (1997, 1998, 2000) e a BNCC (2017-2018). Temos como considerações finais que determinados conceitos, caros à visão pós-estruturalista de linguagem, emergiram nos documentos oficiais, não de forma coesa e relacional, num primeiro momento, e se consolidaram na Base, a qual defende a necessidade de um ensino de língua em que podemos notar, em alguma medida, um continuum entre texto, discurso e gênero. Verificamos, portanto, que esta pesquisa torna-se um convite para que repensemos as propostas curriculares do discurso oficial e os trajetos possíveis para o ensino da língua(gem), de maneira que os fenômenos linguístico-discursivos se completem.