Petrus Ariel Vieira dos Santos, Wesllen David Silva Vila, Henrique Garroni Moreira Franco, Guilherme Miziara Souza, V. D. D. Silva, Max Denisson Maurício Viana
{"title":"INFLUÊNCIA DA DISBIOSE INTESTINAL SOBRE A DIABETES MELLITUS TIPO 2: ANÁLISE NARRATIVA","authors":"Petrus Ariel Vieira dos Santos, Wesllen David Silva Vila, Henrique Garroni Moreira Franco, Guilherme Miziara Souza, V. D. D. Silva, Max Denisson Maurício Viana","doi":"10.5585/comamedvg.2022.28","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma condição metabólica multifatorial, induzida especialmente por fatores genéticos e ambientais. Recentemente, o estado disbiótico intestinal tem sido apontado como potencial agravante ou consequência do desenvolvimento da DM2, tendo em vista que o crescimento de determinados microrganismos pode modular positivamente ou negativamente o metabolismo do hospedeiro, influenciando o perfil glicêmico. Objetivos: Nesse contexto, o presente estudo objetivou discutir os achados recentes acerca da bidirecionalidade entre os efeitos da diabetes mellitus tipo 2 e da disbiose intestinal. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa, descritiva, qualitativa, que reuniu artigos datados entre os anos de 2015 e 2022, pesquisados nas bases de dados: Google Acadêmico, Scielo e Science Direct. Para a busca, foram utilizados os seguintes descritores: disbiose, microbiota intestinal, diabetes mellitus. Foram incluídos estudos publicados na língua inglesa e portuguesa, que associaram a DM2 com a disbiose. Sendo excluídos, portanto, aqueles redigidos em outros idiomas, fora do recorte temporal ou da temática em questão. Resultados: Ao todo, 8 estudos atenderam aos critérios de seleção da amostra. Evidências recentes, publicadas a partir de estudos com animais e humanos diabéticos, que a utilização de Lactobacillus e Bifidobacterium induziu melhor controle do perfil lipídico e da insulinorresistência, assumindo-se como complementos ao tratamento farmacológico existente. Além disso, observou-se que a DM2 foi associada ao estado disbiótico, visto que intestinos de roedores ou de indivíduos diabéticos apresentavam danos na integridade intestinal, caracterizados pela diminuição de peptídeos antimicrobianos resultando em aumento do quadro de resistência insulínica. Com isso, compreendeu-se que a modulação da microbiota intestinal pode ser eficiente na prevenção e no tratamento da DM2. Ainda assim, outros estudos mostraram a possibilidade dos probióticos/probióticos de oferecerem uma intervenção adicional ao tratar os pacientes diabéticos. Conclusão: Portanto, fica evidente, que a microbiota intestinal exerce influência sobre doença metabólica, como a diabetes mellitus 2, por isso carece de mais estudos aprofundados para melhor caracterização dos mecanismos visando maior segurança do emprego clínico. Palavras-chave: diabético; microbiota; disbiótico.","PeriodicalId":374989,"journal":{"name":"Anais do Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5585/comamedvg.2022.28","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: A diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma condição metabólica multifatorial, induzida especialmente por fatores genéticos e ambientais. Recentemente, o estado disbiótico intestinal tem sido apontado como potencial agravante ou consequência do desenvolvimento da DM2, tendo em vista que o crescimento de determinados microrganismos pode modular positivamente ou negativamente o metabolismo do hospedeiro, influenciando o perfil glicêmico. Objetivos: Nesse contexto, o presente estudo objetivou discutir os achados recentes acerca da bidirecionalidade entre os efeitos da diabetes mellitus tipo 2 e da disbiose intestinal. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa, descritiva, qualitativa, que reuniu artigos datados entre os anos de 2015 e 2022, pesquisados nas bases de dados: Google Acadêmico, Scielo e Science Direct. Para a busca, foram utilizados os seguintes descritores: disbiose, microbiota intestinal, diabetes mellitus. Foram incluídos estudos publicados na língua inglesa e portuguesa, que associaram a DM2 com a disbiose. Sendo excluídos, portanto, aqueles redigidos em outros idiomas, fora do recorte temporal ou da temática em questão. Resultados: Ao todo, 8 estudos atenderam aos critérios de seleção da amostra. Evidências recentes, publicadas a partir de estudos com animais e humanos diabéticos, que a utilização de Lactobacillus e Bifidobacterium induziu melhor controle do perfil lipídico e da insulinorresistência, assumindo-se como complementos ao tratamento farmacológico existente. Além disso, observou-se que a DM2 foi associada ao estado disbiótico, visto que intestinos de roedores ou de indivíduos diabéticos apresentavam danos na integridade intestinal, caracterizados pela diminuição de peptídeos antimicrobianos resultando em aumento do quadro de resistência insulínica. Com isso, compreendeu-se que a modulação da microbiota intestinal pode ser eficiente na prevenção e no tratamento da DM2. Ainda assim, outros estudos mostraram a possibilidade dos probióticos/probióticos de oferecerem uma intervenção adicional ao tratar os pacientes diabéticos. Conclusão: Portanto, fica evidente, que a microbiota intestinal exerce influência sobre doença metabólica, como a diabetes mellitus 2, por isso carece de mais estudos aprofundados para melhor caracterização dos mecanismos visando maior segurança do emprego clínico. Palavras-chave: diabético; microbiota; disbiótico.