A INTEGRIDADE DO DIREITO E O DEVER DE O MINISTÉRIO PÚBLICO PROCESSAR DIRETAMENTE O AGENTE PÚBLICO: O CASO DOS DANOS MORAIS COLETIVOS PRATICADOS PELO MINISTRO DA EDUCAÇÃO
{"title":"A INTEGRIDADE DO DIREITO E O DEVER DE O MINISTÉRIO PÚBLICO PROCESSAR DIRETAMENTE O AGENTE PÚBLICO: O CASO DOS DANOS MORAIS COLETIVOS PRATICADOS PELO MINISTRO DA EDUCAÇÃO","authors":"E. Ferreira","doi":"10.21708/issn2526-9488.v.3.n5.p145-160.2019","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo busca responder a seguinte pergunta: a Constituicao autoriza que o Ministerio Publico ajuize acao de reparacao de danos diretamente contra determinado agente publico? A questao, aparentemente simples e ja amplamente debatida na doutrina de direito administrativo e na jurisprudencia dos tribunais, e explorada no presente texto de modo nao usual, pois: a) limita a interpretacao da responsabilizacao objetiva do Estado, prevista no art. 37, §6o da Constituicao, as hipoteses em que o Ministerio Publico, e nao o particular, ajuizam a acao; b) analisa tal dispositivo em contexto com o art. 129, III tambem da Constituicao, o qual preve como dever fundamental do Ministerio Publico a protecao ao patrimonio publico, necessariamente desfalcado caso a acao seja proposta contra a pessoa juridica respectiva. Conclui, a partir da teoria dos precedentes de Ronald Dworkin e de Juraci Mourao, que a tese da “dupla garantia” prevista no RE 327.904 e inaplicavel ao caso. \nPalavras-chave: dano moral; Ministro da Educacao; Teoria dos precedentes; Responsabilizacao pessoal.","PeriodicalId":416966,"journal":{"name":"Revista Jurídica da UFERSA","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-09-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Jurídica da UFERSA","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21708/issn2526-9488.v.3.n5.p145-160.2019","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O presente artigo busca responder a seguinte pergunta: a Constituicao autoriza que o Ministerio Publico ajuize acao de reparacao de danos diretamente contra determinado agente publico? A questao, aparentemente simples e ja amplamente debatida na doutrina de direito administrativo e na jurisprudencia dos tribunais, e explorada no presente texto de modo nao usual, pois: a) limita a interpretacao da responsabilizacao objetiva do Estado, prevista no art. 37, §6o da Constituicao, as hipoteses em que o Ministerio Publico, e nao o particular, ajuizam a acao; b) analisa tal dispositivo em contexto com o art. 129, III tambem da Constituicao, o qual preve como dever fundamental do Ministerio Publico a protecao ao patrimonio publico, necessariamente desfalcado caso a acao seja proposta contra a pessoa juridica respectiva. Conclui, a partir da teoria dos precedentes de Ronald Dworkin e de Juraci Mourao, que a tese da “dupla garantia” prevista no RE 327.904 e inaplicavel ao caso.
Palavras-chave: dano moral; Ministro da Educacao; Teoria dos precedentes; Responsabilizacao pessoal.