Carlos Eduardo Zimmermann, Márcio Piazera, Vanessa Dambrowski, Luiz Alberto Severo Da Silva Junior
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Abstract
A fragmentação é um dos principais fatores de perda de biodiversidade. Estudos dentro de uma abordagem integrada da paisagem buscam ampliar a condição de conectividade da matriz que envolve os fragmentos para garantir a permanência das espécies. O objetivo deste estudo foi avaliar os fragmentos florestais na foz do Rio Itajaí-Açu, quanto à área, perímetro e forma. A área selecionada abrange o município de Itajaí e Navegantes. Para a identificação dos elementos da paisagem (matriz, corredores e manchas), utilizou-se uma imagem da área obtida a partir do Atlas Ambiental da Foz do Rio Itajaí-Açu. Foram selecionados 8 fragmentos para duas métricas, área e perímetro. A delimitação da área urbanizada foi obtida com o software GIMP. A área e perimetro dos fragmentos foram obtidos com o aplicativo Google Earth. A partir das métricas áreas e perímetor foi calculado o fator de forma para cada fragmento. Na área de estudo a matriz foi classificada como urbanizada, onde os fragmentos são classificados como vegetação remanescente e em regeneração. Como corredores, temos vegetação de restinga, rios, vegetação ciliar e vias. Três fragmentos possuem mais de 800 hectares. Fator esse interessante, sendo que áreas maiores são reconhecidas como mais eficientes para abrigar mais espécies. Quando incorporamos o fator de forma nesta avaliação, este foi elevado nos maiores fragmentos. Esse padrão indica que a forma desses fragmentos gera um alto valor de perímetro e, conseqüentemente, um efeito de borda possivelmente maior. No entanto, isso não significa que esses e outros remanescentes florestais não sejam importantes nessa paisagem fragmentada. Esses dados indicam que ações podem ser propostas para obter um perímetro reduzido e, assim, reduzir o fator de forma. Palavras-chave: Ecologia da paisagem, fragmentação, conservação, biodiversidade.