{"title":"PRÁTICA DOCENTE: O BLOG COMO RECURSO PEDAGÓGICO PARA ENSINAR HISTÓRIA DA ÁFRICA","authors":"Suellen de Souza Lemonje","doi":"10.22533/at.ed.38921260817","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"RESUMO EXPANDIDO: Sabendo da escassez de informações sobre o continente africano nos bancos escolares, e visando suprir essa demanda nas escolas, o Estágio Supervisionado de História da autora problematizou a lei 10.639/03, que tornou obrigatório o estudo de história e cultura de africanos e seus descendentes no Brasil. Atrelado a essa temática, o objetivo central deste artigo é estabelecer o diálogo entre o Ensino de História da África e o uso de tecnologias digitais em sala de aula, bem como a construção de materiais didáticos que foram utilizados durante o processo da prática docente. Neste artigo pretende-se analisar as abordagens utilizadas durante o estágio docência e os caminhos encontrados pela autora para desempenhar seu processo de ensino e aprendizagem, na sétima série, do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina. Para fugir dos paradigmas dos livros didáticos tradicionais que reforçam estereótipos, optou-se por elaborar diferentes materiais didáticos que abordaram a temática do ensino de história da África. Para tanto, foram utilizados documentos históricos escritos e iconográficos, além do uso de tecnologias como música, vídeos, blogs, sites. Esta experiência foi possível pela estrutura que a escola oferece, e em virtude do projeto federal PROUCA (programa um computador por aluno), em que os estudantes ganharam netbooks para o uso em sala de aula. Frente a esta realidade escolar foi possível a criação e o manuseio do blog “www.estudandoocontinenteafricano.blogspot.com” criado pela autora para orientar e mediar o conhecimento sobre o continente africano, sua geografia, seus reinos, sua forma de comércio e o contato com outros povos. No blog foram publicados os materiais didáticos elaborados e as atividades produzidas, que ficaram à disposição dos estudantes. Esta ferramenta motivou as práticas de leitura e escrita, além de tornar-se um espaço de troca de conhecimento. É considerável classificá-lo como um “recurso pedagógico”, ou até mesmo como um material didático, à medida que muitas atividades foram realizadas por meio da publicação das respostas online, onde os alunos acessavam o site em aulas específicas, interagindo com o conteúdo apresentado. Por muito tempo os professores de história foram formados para analisar documentos escritos, mas com a ampliação do conceito de fonte abriram-se novas possibilidades na construção do conhecimento histórico. Frente a esta nova realidade, coube ao professor mediar esses novos recursos, ajudando os estudantes a problematizar os textos e as imagens provenientes dos meios tecnológicos, como propagandas de televisão, filmes, internet e blogs, ajudando a formar um sujeito crítico e consciente, que compreende os processos históricos, dentre eles, a importância do estudo de história da África.","PeriodicalId":374716,"journal":{"name":"História: Espaços, poder, cultura e sociedade","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"História: Espaços, poder, cultura e sociedade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22533/at.ed.38921260817","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
RESUMO EXPANDIDO: Sabendo da escassez de informações sobre o continente africano nos bancos escolares, e visando suprir essa demanda nas escolas, o Estágio Supervisionado de História da autora problematizou a lei 10.639/03, que tornou obrigatório o estudo de história e cultura de africanos e seus descendentes no Brasil. Atrelado a essa temática, o objetivo central deste artigo é estabelecer o diálogo entre o Ensino de História da África e o uso de tecnologias digitais em sala de aula, bem como a construção de materiais didáticos que foram utilizados durante o processo da prática docente. Neste artigo pretende-se analisar as abordagens utilizadas durante o estágio docência e os caminhos encontrados pela autora para desempenhar seu processo de ensino e aprendizagem, na sétima série, do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina. Para fugir dos paradigmas dos livros didáticos tradicionais que reforçam estereótipos, optou-se por elaborar diferentes materiais didáticos que abordaram a temática do ensino de história da África. Para tanto, foram utilizados documentos históricos escritos e iconográficos, além do uso de tecnologias como música, vídeos, blogs, sites. Esta experiência foi possível pela estrutura que a escola oferece, e em virtude do projeto federal PROUCA (programa um computador por aluno), em que os estudantes ganharam netbooks para o uso em sala de aula. Frente a esta realidade escolar foi possível a criação e o manuseio do blog “www.estudandoocontinenteafricano.blogspot.com” criado pela autora para orientar e mediar o conhecimento sobre o continente africano, sua geografia, seus reinos, sua forma de comércio e o contato com outros povos. No blog foram publicados os materiais didáticos elaborados e as atividades produzidas, que ficaram à disposição dos estudantes. Esta ferramenta motivou as práticas de leitura e escrita, além de tornar-se um espaço de troca de conhecimento. É considerável classificá-lo como um “recurso pedagógico”, ou até mesmo como um material didático, à medida que muitas atividades foram realizadas por meio da publicação das respostas online, onde os alunos acessavam o site em aulas específicas, interagindo com o conteúdo apresentado. Por muito tempo os professores de história foram formados para analisar documentos escritos, mas com a ampliação do conceito de fonte abriram-se novas possibilidades na construção do conhecimento histórico. Frente a esta nova realidade, coube ao professor mediar esses novos recursos, ajudando os estudantes a problematizar os textos e as imagens provenientes dos meios tecnológicos, como propagandas de televisão, filmes, internet e blogs, ajudando a formar um sujeito crítico e consciente, que compreende os processos históricos, dentre eles, a importância do estudo de história da África.