Thaís Zimovski, Marllon Emanoel Souza Medeiros de Vasconcelos, Alexandre de Pádua Carrieri
{"title":"O TRABALHO DA TRANSFORMAÇÃO: A CRIAÇÃO DO SUJEITO ENTRE A DIALÉTICA E A RESISTÊNCIA POLÍTICA","authors":"Thaís Zimovski, Marllon Emanoel Souza Medeiros de Vasconcelos, Alexandre de Pádua Carrieri","doi":"10.4025/cadadm.v30i1.56463","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo deste ensaio é refletir sobre a constituição do sujeito e suas possibilidades de transformação a partir da relação entre subjetividade, trabalho e criação. Para tal discorremos brevemente sobre a noção de dialética, tendo por base as apropriações das tradições marxianas e psicanalíticas. Posteriormente recorremos a crítica e reflexão da filosofia nietzschiana, sobretudo a partir das leituras de Michel Foucault e Rosa Dias para expandir o debate e caminhar para outras formas de compreensão subjetiva. Neste caminho, destacamos algumas divergências entre tais vertentes considerando a crítica nietzschiana à noção de dialética, bem como alguns pontos de convergência, a partir dos sentidos comuns atribuídos ao trabalho no âmbito da psicossociologia e do ato da criação na filosofia da arte de Nietzsche. Comum nestas distintas concepções parece ser a compreensão que a subjetividade é uma produção social, e como tal passível de transformação em meio às relações sociais. No entanto, vertentes inspiradas na dialética parecem indicar o trabalho como condição essencial humana, de modo que as transformações subjetivas se dão nos movimentos criativos que se opõe a alienação do trabalho por meio de uma reapropriação do seu sentido. Por sua vez, leituras de inspiração nietzschiana enfatizam a investigação da produção histórica da subjetividade, olhando atentamente as técnicas de si, movimentos que permitem com que o sujeito atue sobre si mesmo, criando formas de governar a própria vida em uma complexa trama de relações de poder.","PeriodicalId":202797,"journal":{"name":"Caderno de Administração","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Caderno de Administração","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.4025/cadadm.v30i1.56463","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O objetivo deste ensaio é refletir sobre a constituição do sujeito e suas possibilidades de transformação a partir da relação entre subjetividade, trabalho e criação. Para tal discorremos brevemente sobre a noção de dialética, tendo por base as apropriações das tradições marxianas e psicanalíticas. Posteriormente recorremos a crítica e reflexão da filosofia nietzschiana, sobretudo a partir das leituras de Michel Foucault e Rosa Dias para expandir o debate e caminhar para outras formas de compreensão subjetiva. Neste caminho, destacamos algumas divergências entre tais vertentes considerando a crítica nietzschiana à noção de dialética, bem como alguns pontos de convergência, a partir dos sentidos comuns atribuídos ao trabalho no âmbito da psicossociologia e do ato da criação na filosofia da arte de Nietzsche. Comum nestas distintas concepções parece ser a compreensão que a subjetividade é uma produção social, e como tal passível de transformação em meio às relações sociais. No entanto, vertentes inspiradas na dialética parecem indicar o trabalho como condição essencial humana, de modo que as transformações subjetivas se dão nos movimentos criativos que se opõe a alienação do trabalho por meio de uma reapropriação do seu sentido. Por sua vez, leituras de inspiração nietzschiana enfatizam a investigação da produção histórica da subjetividade, olhando atentamente as técnicas de si, movimentos que permitem com que o sujeito atue sobre si mesmo, criando formas de governar a própria vida em uma complexa trama de relações de poder.