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Abstract
A proposta, nesse artigo, é tratar de um literato, Jô Soares, que, em seus romances, aborda, com humor, fatos históricos de maneira livre da preocupação com a verdade histórica que tem o historiador. A obra de Jô Soares enseja, portanto, a possibilidade de discutir a questão da relação entre história e literatura, considerando que a história também é uma narrativa literária, porém mantendo diferenças fundamentais com a obra de ficção. Além dos romances de Jô Soares, foram usados, para uma melhor fundamentação teórica, vários teóricos da história que discutem a questão da narratividade, entre os quais Luís Costa Lima, Paul Veyne, Sandra Jathay Pesavento, Hayden White e Peter Burke.