Fernanda Aparecida Bernardo, Leandro Roberto Quintino Estevan, L. Massi, Lucas André Teixeira
{"title":"Trabalho como fundamento ontológico de uma concepção de mundo materialista, histórica e dialética para a educação em química","authors":"Fernanda Aparecida Bernardo, Leandro Roberto Quintino Estevan, L. Massi, Lucas André Teixeira","doi":"10.20396/rho.v23i00.8671015","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Partindo da constatação das limitações existentes das orientações curriculares sobre as relações entre o trabalho e o desenvolvimento humano, neste artigo objetivamos aprofundar a compreensão do trabalho como fundamento ontológico em articulação com as dimensões filosófico-científicas, psicológicas e pedagógicas na formação de uma concepção de mundo materialista, histórica e dialética. Isso foi feito por meio da identificação e caracterização da categoria trabalho em dez trabalhos de pesquisa em Educação Química e duas entrevistas realizadas com pesquisadores da área. Esse conjunto de dados foi analisado em três categorias: 1. Trabalho como categoria marxiana; 2. Categoria trabalho e educação; 3. Categoria trabalho e educação em química. Nelas buscamos identificar elementos nos trabalhos que apontassem para as dimensões filosófico-científicas, psicológicas e pedagógicas na formação de uma concepção de mundo, considerando o trabalho como categoria fundante e como fundamento ontológico do ser social. Assim, buscamos identificar a relação entre o aspecto objetivo do conhecimento em articulação com o aspecto subjetivo do estudante na tomada de posição em relação à prática social no ensino de química. Ao longo de nossa análise ressaltamos como a Educação Química histórico-crítica pode contribuir para uma concepção de mundo materialista histórico-dialética considerando uma formação ontológica pelo trabalho, que problematiza a ciência e o cientista, considerando o caráter subjetivo e alienado deste trabalho; cujos conceitos e instrumentos psíquicos e conceituais contribuem para o pensamento abstrativo indicando o papel do conhecimento para a sociedade visando sua transformação.","PeriodicalId":262871,"journal":{"name":"Revista HISTEDBR On-line","volume":"161 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-04-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista HISTEDBR On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/rho.v23i00.8671015","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Partindo da constatação das limitações existentes das orientações curriculares sobre as relações entre o trabalho e o desenvolvimento humano, neste artigo objetivamos aprofundar a compreensão do trabalho como fundamento ontológico em articulação com as dimensões filosófico-científicas, psicológicas e pedagógicas na formação de uma concepção de mundo materialista, histórica e dialética. Isso foi feito por meio da identificação e caracterização da categoria trabalho em dez trabalhos de pesquisa em Educação Química e duas entrevistas realizadas com pesquisadores da área. Esse conjunto de dados foi analisado em três categorias: 1. Trabalho como categoria marxiana; 2. Categoria trabalho e educação; 3. Categoria trabalho e educação em química. Nelas buscamos identificar elementos nos trabalhos que apontassem para as dimensões filosófico-científicas, psicológicas e pedagógicas na formação de uma concepção de mundo, considerando o trabalho como categoria fundante e como fundamento ontológico do ser social. Assim, buscamos identificar a relação entre o aspecto objetivo do conhecimento em articulação com o aspecto subjetivo do estudante na tomada de posição em relação à prática social no ensino de química. Ao longo de nossa análise ressaltamos como a Educação Química histórico-crítica pode contribuir para uma concepção de mundo materialista histórico-dialética considerando uma formação ontológica pelo trabalho, que problematiza a ciência e o cientista, considerando o caráter subjetivo e alienado deste trabalho; cujos conceitos e instrumentos psíquicos e conceituais contribuem para o pensamento abstrativo indicando o papel do conhecimento para a sociedade visando sua transformação.