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Abstract
As cidades não foram construídas nem pensadas para que as mulheres, existências e identidades dissidentes as habitassem. Ocupar o território urbano configura-se como um ato de sobrevivência, quando falamos de corpos atravessados historicamente pelo assédio sexual e pela violência patriarcal, racista, classista e homolesbobitransfóbica. Portanto, é preciso elaborar estratégias de enfrentamento ou respostas contra abordagens violentas para poder agenciar nosso corpo-território e propor uma comunicação mais dialógica com o território urbano. Neste artigo, analisamos duas obras de performances artísticas e comunicacionais realizadas na cidade de Tegucigalpa, capital de Honduras, que propõem cura, denúncia e estratégias de comunicação. Como base teórica para provocar as reflexões aqui propostas, lançamos mão da espiral do silêncio e da prática de performance artística como possibilidade de estudo empírico e de cura que responda à necessidade de romper com o medo como marca dos corpos dissidentes.