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Abstract
Quando falamos sobre os estudos relacionados à inclusão podemos elaborar um histórico de como a discussão foi entendida em diferentes momentos: segregação, inserção da pessoa com deficiência nos espaços sociais, estratégias inclusivas reconhecendo as necessidades de cada sujeito. Nos últimos anos, outro modo de pensar o assunto está em pauta: a deficiência incorporada na lógica de mercado e sua captura como um produto. Autores como Mitchell e Snyder (2015) e Pelbart (2013) são fundamentais para esta pesquisa. O artigo é centrado em exemplos da dança contemporânea, como os artistas Jérôme Bel e Claire Cunningham, para refletir sobre como a normatização tem afetado o universo das artes do corpo. Muitas companhias ainda trabalham em uma perspectiva que reafirma a superação de limites e o apagamento das singularidades – utilizando a cópia de corpos sem deficiência. Assim, busca-se reconhecer os processos normalizadores que têm sido recorrentes na dança, mas também apresentar os trabalhos que conseguem garantir a existência da diversidade no palco, promovendo o debate que parte da singularidade, não da padronização corporal. Espera-se que o artigo possa corroborar estudos de inclusão e artes, ao sinalizar a potência dos artistas com deficiência quando não estão sujeitos aos padrões da normatização.