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Abstract
Este trabalho analisa as relações políticas estabelecidas entre o Estado Plurinacional da Bolívia e diferentes segmentos do movimento indígena boliviano. O objeto de estudo é uma Audiência Pública realizada durante o 147º Período Ordinário de Sessões da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em Washington D.C. Na ocasião, algumas lideranças indígenas do Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS) denunciavam o Estado boliviano de violar seus direitos enquanto outras, também indígenas, se sentavam à mesa do Estado Plurinacional, reafirmando que eram parte dele. O artigo organiza informações sobre a audiência e sobre a presença de lideranças do TIPNIS na CIDH. A análise apresentada no texto toma trabalhos etnográficos anteriores sobre o TIPNIS como referência e dialoga com a tese do “índio permitido”. Ao final, a pluripolítica é definida e apresentada como efeito colateral do Estado Plurinacional, explicando a incompatibilidade entre a sobrevivência de estratégias como a do “índio permitido” e a ampliação das capacidades de transformação do Estado boliviano.