{"title":"Aporte teórico-conceitual sobre as parcerias público-comunitárias para o lazer e o turismo em áreas protegidas","authors":"E. Botelho, Sidnei Raimundo","doi":"10.34024/rbecotur.2023.v16.15171","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O bem comum, ou comum, tem ganhado espaço no debate sobre o uso de recursos e a necessidade de outras formas de pensar a gestão e governança de áreas protegidas. Este artigo apresenta uma leitura teórico-conceitual sobre a teoria do “comum” de Dardot e Laval (2017) como aporte para interpretar as parcerias “público-comunitárias” para viabilizar o lazer e o turismo em áreas protegidas. Por meio de revisão bibliográfica sobre parcerias e turismo de base comunitária em áreas protegidas, a pesquisa, de cunho exploratório, busca caracterizar as parcerias “público-comunitárias” como arranjos estabelecidos entre a esfera pública e iniciativas e coletivos protagonizados por povos e comunidades tradicionais e locais. Reconhece que essas parcerias são múltiplas e diversas, mas identificam-se por serem promovidas por coletivos, redes, e formas de organização social formalizadas que conduzem ações guiadas por princípios políticos em busca da construção de autogestão de territórios e de formas contra-hegemônicas de turismo. Porém a teoria do “comum” ainda precisa avançar no que se refere às pautas específicas dos povos originários e comunidades tradicionais e locais, sobretudo enraizadas no Sul global. Este trabalho pode contribuir como aporte teórico para evidenciar a composição de parcerias para o lazer e turismo em unidades de conservação que valorizam a diversidade sociocultural e econômica de territórios e sua contribuição para a conservação da natureza, apoiada em formas de organização social locais e comunitárias.","PeriodicalId":348198,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur)","volume":"86 6","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur)","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34024/rbecotur.2023.v16.15171","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O bem comum, ou comum, tem ganhado espaço no debate sobre o uso de recursos e a necessidade de outras formas de pensar a gestão e governança de áreas protegidas. Este artigo apresenta uma leitura teórico-conceitual sobre a teoria do “comum” de Dardot e Laval (2017) como aporte para interpretar as parcerias “público-comunitárias” para viabilizar o lazer e o turismo em áreas protegidas. Por meio de revisão bibliográfica sobre parcerias e turismo de base comunitária em áreas protegidas, a pesquisa, de cunho exploratório, busca caracterizar as parcerias “público-comunitárias” como arranjos estabelecidos entre a esfera pública e iniciativas e coletivos protagonizados por povos e comunidades tradicionais e locais. Reconhece que essas parcerias são múltiplas e diversas, mas identificam-se por serem promovidas por coletivos, redes, e formas de organização social formalizadas que conduzem ações guiadas por princípios políticos em busca da construção de autogestão de territórios e de formas contra-hegemônicas de turismo. Porém a teoria do “comum” ainda precisa avançar no que se refere às pautas específicas dos povos originários e comunidades tradicionais e locais, sobretudo enraizadas no Sul global. Este trabalho pode contribuir como aporte teórico para evidenciar a composição de parcerias para o lazer e turismo em unidades de conservação que valorizam a diversidade sociocultural e econômica de territórios e sua contribuição para a conservação da natureza, apoiada em formas de organização social locais e comunitárias.