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A antítese do sistema sociometabólico do capital: os conselhos proletários como “não-Estado”
O objeto deste ensaio são os Conselhos proletários: formas organizativas das quais as classes trabalhadoras lançam mão em situações de ascenso revolucionário e/ou de acirramento das contradições classistas com vistas a exercerem a autogestão política e produtiva. A tese aqui defendida é que estes Conselhos possuem intrínseco potencial revolucionário, uma vez que superam o trabalho assalariado e a produção de capital - mediante a socialização dos meios de produção - e superam também o Estado enquanto estrutura de dominação própria do sistema sociometabólico do capital e essencial à sua reprodução. Denominando-os como “não-Estado” defende-se, portanto, a tese de que os Conselhos proletários são a antítese dialética do Estado, e não uma forma específica dele (como é o Estado proletário) e por isso, são dotados de efetiva potencialidade disruptiva com o metabolismo social vigente.