B. Louro, Jéssica Martins Pimenta Miranda, Nathália Tenório DE Holanda Cabral Costa, Yasmmyn Dos Santos Rebouças
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Metodologia: Trata-se de revisão de estudos publicados, entre 2012 e 2022, nas plataformas Lilacs, Pubmed e Scielo, utilizando os descritores “imunidade”, “recém-nascidos” e “gestação”, incluindo estudos nos idiomas inglês e português. Resultados: A duração do período gestacional influencia na construção imunológica do neonato, uma vez que prematuros, devido ao inacabamento do extrato córneo da pele – camada externa importante na configuração desse órgão como barreira imunológica –, possuem maior chance de infecções. Ademais, uma adequada colonização da microbiota humana é essencial para modulação das respostas regulatórias do sistema imune, através de células como as Treg por exemplo, que, desajustadas, relacionam-se com doenças alérgicas e autoimunes. Sendo o parto o primeiro contato do neonato a microrganismos, um estudo observacional com amostras fecais de neonatos saudáveis evidenciou que o tipo de parto impacta a microbiota do recém-nascido, uma vez que aqueles nascidos por parto vaginal apresentaram, no mecônio, contagens bacterianas maiores, do que os nascidos por cesárea; como por exemplo, de espécies relacionadas com alergias quando diminuídas (dos gêneros Bifidobacterium e Lactobacillus). Ainda, cabe citar a presença no leite materno de anticorpos, principalmente IgA, essencial para a defesa das mucosas do neonato; sCD14, afetando a modulação das respostas imunes inatas e adaptativas; e componente secretor (CS) que bloqueia adesão epitelial, sendo importante na defesa contra patógenos. 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ASPECTOS DA VIDA GESTACIONAL E NEONATAL E A DEFESA IMUNOLÓGICA DO RECÉM-NASCIDO
Introdução: O sistema imunológico de um recém-nascido não se encontra integralmente desenvolvido, e tal imaturidade resulta em habilidades imunológicas ineficientes frente a possíveis patógenos nocivos à saúde do neonato. Sabe-se que a imunidade do bebê atravessa, então, um período de fragilidade durante a vida neonatal, no qual aspectos do meio vivenciado são importantes para uma defesa adequada em eventuais infecções, visto que estudos apontam influência de particularidades gestacionais e neonatais no anteparo imunológico de recém-nascidos, questão essencial para compreensão de cenários favoráveis à saúde infantil. Objetivos: O estudo traz como objetivo avaliar o envolvimento de aspectos da vida gestacional e neonatal na defesa imunológica do recém-nascido. Metodologia: Trata-se de revisão de estudos publicados, entre 2012 e 2022, nas plataformas Lilacs, Pubmed e Scielo, utilizando os descritores “imunidade”, “recém-nascidos” e “gestação”, incluindo estudos nos idiomas inglês e português. Resultados: A duração do período gestacional influencia na construção imunológica do neonato, uma vez que prematuros, devido ao inacabamento do extrato córneo da pele – camada externa importante na configuração desse órgão como barreira imunológica –, possuem maior chance de infecções. Ademais, uma adequada colonização da microbiota humana é essencial para modulação das respostas regulatórias do sistema imune, através de células como as Treg por exemplo, que, desajustadas, relacionam-se com doenças alérgicas e autoimunes. Sendo o parto o primeiro contato do neonato a microrganismos, um estudo observacional com amostras fecais de neonatos saudáveis evidenciou que o tipo de parto impacta a microbiota do recém-nascido, uma vez que aqueles nascidos por parto vaginal apresentaram, no mecônio, contagens bacterianas maiores, do que os nascidos por cesárea; como por exemplo, de espécies relacionadas com alergias quando diminuídas (dos gêneros Bifidobacterium e Lactobacillus). Ainda, cabe citar a presença no leite materno de anticorpos, principalmente IgA, essencial para a defesa das mucosas do neonato; sCD14, afetando a modulação das respostas imunes inatas e adaptativas; e componente secretor (CS) que bloqueia adesão epitelial, sendo importante na defesa contra patógenos. Conclusão: O recém-nascido, imunologicamente fragilizado, é influenciado por aspectos do meio a que é exposto na vida gestacional e neonatal, temática que deve ser abordada com gestantes, visando favorecer a saúde infantil.