一个没有调解的世界:非洲非殖民化作为边缘现代化的政治理论

IF 0.1 N/A PHILOSOPHY
L. Danner, Fernando Danner
{"title":"一个没有调解的世界:非洲非殖民化作为边缘现代化的政治理论","authors":"L. Danner, Fernando Danner","doi":"10.31977/grirfi.v22i3.2928","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Utilizaremos o conceito de sociedade sem mediações, calcada no racismo estrutural, tal como pro-posto por Frantz Fanon, para explicar a tendência regressiva própria às sociedades de moderni-zação periférica, mormente o Brasil. A partir de uma crítica a Gilberto Freyre e a Florestan Fer-nandes, os quais assumem uma noção de objetivismo sociológico necessitarista com caráter apolí-tico-despolitizado para explicar o desenvolvimento e as contradições da sociedade brasileira hodi-erna (o sadismo-masoquismo de Freyre; a incapacidade negra para a ética protestante do traba-lho, por causa do escravismo), recusando, ambos, seja o racismo estrutural, seja o branqueamen-to racial, apontaremos exatamente para (a) a evolução sistêmica como um projeto político inten-cionado e planificado do branco/colonizador sobre o negro/colonizado enquanto o efetivo mote e dinâmica práticos da formação e do desenvolvimento da sociedade colonial; (b) a inexistência ou a fragilidade das mediações jurídicas, institucionais e normativas entre essas realidades comparti-mentadas e estanques da raça (branco sobre o – e contra o – negro); (c) a violência direta e a re-gressão permanente como as tendências estruturais da constituição e do desenvolvimento de uma sociedade de modernização periférica e racializada, inclusive com o apagamento e a falsificação da história colonial; e, finalmente, (d) a correlação intrínseca, mais uma vez negada por Freyre e Fernandes e, ao contrário, afirmada por Fanon, de raça e classe, raça como classe, classe como raça. ","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-10-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Um mundo sem mediações: descolonização africana como teoria política da modernização periférica\",\"authors\":\"L. Danner, Fernando Danner\",\"doi\":\"10.31977/grirfi.v22i3.2928\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Utilizaremos o conceito de sociedade sem mediações, calcada no racismo estrutural, tal como pro-posto por Frantz Fanon, para explicar a tendência regressiva própria às sociedades de moderni-zação periférica, mormente o Brasil. A partir de uma crítica a Gilberto Freyre e a Florestan Fer-nandes, os quais assumem uma noção de objetivismo sociológico necessitarista com caráter apolí-tico-despolitizado para explicar o desenvolvimento e as contradições da sociedade brasileira hodi-erna (o sadismo-masoquismo de Freyre; a incapacidade negra para a ética protestante do traba-lho, por causa do escravismo), recusando, ambos, seja o racismo estrutural, seja o branqueamen-to racial, apontaremos exatamente para (a) a evolução sistêmica como um projeto político inten-cionado e planificado do branco/colonizador sobre o negro/colonizado enquanto o efetivo mote e dinâmica práticos da formação e do desenvolvimento da sociedade colonial; (b) a inexistência ou a fragilidade das mediações jurídicas, institucionais e normativas entre essas realidades comparti-mentadas e estanques da raça (branco sobre o – e contra o – negro); (c) a violência direta e a re-gressão permanente como as tendências estruturais da constituição e do desenvolvimento de uma sociedade de modernização periférica e racializada, inclusive com o apagamento e a falsificação da história colonial; e, finalmente, (d) a correlação intrínseca, mais uma vez negada por Freyre e Fernandes e, ao contrário, afirmada por Fanon, de raça e classe, raça como classe, classe como raça. \",\"PeriodicalId\":55907,\"journal\":{\"name\":\"Griot-Revista de Filosofia\",\"volume\":null,\"pages\":null},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2022-10-28\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Griot-Revista de Filosofia\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.31977/grirfi.v22i3.2928\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"N/A\",\"JCRName\":\"PHILOSOPHY\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Griot-Revista de Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v22i3.2928","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"N/A","JCRName":"PHILOSOPHY","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0

摘要

我们将使用弗朗茨·法农提出的基于结构性种族主义的无中介社会概念,来解释边缘现代化社会,特别是巴西的倒退趋势。通过对吉尔伯托·弗雷尔和弗罗里斯坦·弗朗德斯的批判,他们假定了一种具有非政治化特征的必要的社会学客观主义概念,来解释巴西社会的发展和矛盾黑无能为力自己新教工作道德,因为奴隶制),不愿意,都是种族主义,结构展开的种族,apontaremos branqueamen送给你作为一个项目(系统)的进化强化相关的政治和殖民计划的白色/黑色/侵入而有效的基于动态和实际培训和殖民社会的发展;(b)在这些分裂和不稳定的种族现实(白人对黑人,白人对黑人)之间缺乏或脆弱的法律、制度和规范调解;(c)直接暴力和永久倒退是构成和发展边缘和种族化现代化社会的结构性趋势,包括抹去和伪造殖民历史;最后,(d)内在的相关性,再次被弗莱尔和费尔南德斯否认,相反,被法农肯定,种族和阶级,种族作为阶级,阶级作为种族。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Um mundo sem mediações: descolonização africana como teoria política da modernização periférica
Utilizaremos o conceito de sociedade sem mediações, calcada no racismo estrutural, tal como pro-posto por Frantz Fanon, para explicar a tendência regressiva própria às sociedades de moderni-zação periférica, mormente o Brasil. A partir de uma crítica a Gilberto Freyre e a Florestan Fer-nandes, os quais assumem uma noção de objetivismo sociológico necessitarista com caráter apolí-tico-despolitizado para explicar o desenvolvimento e as contradições da sociedade brasileira hodi-erna (o sadismo-masoquismo de Freyre; a incapacidade negra para a ética protestante do traba-lho, por causa do escravismo), recusando, ambos, seja o racismo estrutural, seja o branqueamen-to racial, apontaremos exatamente para (a) a evolução sistêmica como um projeto político inten-cionado e planificado do branco/colonizador sobre o negro/colonizado enquanto o efetivo mote e dinâmica práticos da formação e do desenvolvimento da sociedade colonial; (b) a inexistência ou a fragilidade das mediações jurídicas, institucionais e normativas entre essas realidades comparti-mentadas e estanques da raça (branco sobre o – e contra o – negro); (c) a violência direta e a re-gressão permanente como as tendências estruturais da constituição e do desenvolvimento de uma sociedade de modernização periférica e racializada, inclusive com o apagamento e a falsificação da história colonial; e, finalmente, (d) a correlação intrínseca, mais uma vez negada por Freyre e Fernandes e, ao contrário, afirmada por Fanon, de raça e classe, raça como classe, classe como raça. 
求助全文
通过发布文献求助,成功后即可免费获取论文全文。 去求助
来源期刊
自引率
0.00%
发文量
67
审稿时长
4 weeks
×
引用
GB/T 7714-2015
复制
MLA
复制
APA
复制
导出至
BibTeX EndNote RefMan NoteFirst NoteExpress
×
提示
您的信息不完整,为了账户安全,请先补充。
现在去补充
×
提示
您因"违规操作"
具体请查看互助需知
我知道了
×
提示
确定
请完成安全验证×
copy
已复制链接
快去分享给好友吧!
我知道了
右上角分享
点击右上角分享
0
联系我们:info@booksci.cn Book学术提供免费学术资源搜索服务,方便国内外学者检索中英文文献。致力于提供最便捷和优质的服务体验。 Copyright © 2023 布克学术 All rights reserved.
京ICP备2023020795号-1
ghs 京公网安备 11010802042870号
Book学术文献互助
Book学术文献互助群
群 号:481959085
Book学术官方微信