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As trajetórias das mulheres negras durante séculos têm sido marcadas por processos de exclusão, silenciamentos e muitas outras formas de opressões. A luta por centralidade nos processos históricos, sociais e políticos move as mulheres negras à proposição e efetivação de estratégias de enfrentamento e resistência aos sistemas eurocêntricos e hegemônicos. Apesar do colonialismo operar com todas as ferramentas de subalternização, principalmente aquelas interseccionadas por raça e gênero, os movimentos feministas negros vêm articulando formas de transgressão a partir da decolonialidade. Diante disso, este artigo busca refletir sobre a atuação de uma Coletiva de mulheres negras, sediada em Belo Horizonte, com vistas à construção de estratégias para uma educação antirracista. Objetiva-se discutir a urgência de visibilizar as narrativas, produzidas pelo feminismo negro. Reflete-se a respeito dessa experiência ativista, a partir da perspectiva afrodiaspórica e embasada nos estudos decoloniais. Apresenta-se um breve panorama do movimento de mulheres negras no Brasil, dialogando com intelectuais negras que trazem relevantes contribuições para esse trabalho. Lélia Gonzalez, Angela Figueiredo, nos auxiliam na empreitada de discutir as questões em torno de gênero e raça no Brasil. Nesse sentido, as intelectuais bell hooks, Patrícia Collins, Kimberlee Crenshaw subsidiam o entendimento do feminismo negro a nível global. Aponta-se para a potência do movimento de mulheres negras no Brasil e dos coletivos formados por essas mulheres.