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TREM FANTASMA POR FOOT HARDMAN E SUA RECEPÇÃO PELA CRÍTICA DO JORNALISMO CULTURAL DO RIO E SÃO PAULO (1988-2005)
O presente trabalho analisa certas representações literárias do discurso da crítica jornalística que recepcionou a obra Trem Fantasma, de Francisco Foot Hardman, na imprensa do Rio e São Paulo nos anos de 1988-2005. De uma forma geral, a crítica jornalística mobilizou o tema da obra, ou seja, o colapso da Estrada de Ferro Madeira Mamoré para a projeção de um exame sobre os descaminhos da nação brasileira em busca do progresso. A fundamentação teórica levou em conta os estudos do jornalismo cultural e suas relações com a crítica literária acadêmica, como também o uso do conceito de representação de Roger Chartier. Os resultados da pesquisa demonstram três momentos de projeções da crítica jornalística sobre a obra em questão: Em um primeiro momento, a projeção de uma Madeira Mamoré como representação das mazelas do sonho nacional do desenvolvimento das elites brasileiras. Em um segundo momento, a projeção das ações políticas modernizantes e deslumbradas das nossas elites que levaram à construção e ao colapso da Madeira Mamoré. Já em um terceiro momento, a projeção da Madeira Mamoré sob o impacto do processo de globalização do final do século XX e inícios do século XXI. Em seu conjunto, enfim, as representações indicaram a ferrovia Madeira Mamoré na obra Trem Fantasma, como um dos exemplos históricos que sempre dificultaram o ingresso do país no concerto das nações mais desenvolvidas.