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Na história antiga de Portugal e da Galiza há um consenso consistente na ideia de que o nome da comum região Callaecia derivou, em época romana inicial, de um povo de Callaeci epónimos assentados na margem direita da foz do Douro. Este consenso pode ser categorizado como questão eponímica. Apesar de que tal questão sofreu uma forte variabilidade de interpretações, um artigo de 1977 de A. Tranoy assentou a sua forma actual e o consenso hoje existente sobre ela. Mas tal consenso limitou-se à aceitação acrítica das teses de A. Tranoy, que não foram revisitadas desde então. O presente artigo re-examina as provas da questão eponímica e demonstra a sua fraqueza, junto com a necessidade de ampliar as perspectivas sobre o suposto povo epónimo e as origens do paleo-corónimo regional.