{"title":"利莫那班:观点和争议","authors":"Karine Zortéa, Rafaela Festugatto Tartari","doi":"10.1590/S0101-81082008000400014","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Caros Editores, Doenças cardiovasculares são consideradas um problema de saúde pública, sendo responsáveis por 30% das mortes no mundo1. Diabetes, hipertensão arterial, tabagismo e o surgimento de novos fatores de risco (aumento da circunferência abdominal e dislipidemia), contribuem reconhecidamente para o risco cardiovascular global2. A população adulta americana apresenta cerca de 66% de sobrepeso e 34% de obesidade3. No Brasil, a prevalência é de aproximadamente 32% de sobrepeso e 8% de obesidade4. Conseqüentemente, especialistas têm desenvolvido novas condutas para tratar/prevenir essa condição. Vem crescendo a atenção no potencial terapêutico das substâncias que interferem no sistema endocanabinóide5, devido ao seu papel no controle da ingestão alimentar e balanço energético. Este sistema age em áreas específicas do cérebro, como o hipotálamo, e em tecidos periféricos (adipócitos, hepatócitos, trato gastrointestinal e músculo esquelético). Portanto, drogas (rimonabanto) que interferem em sua ação são promissoras no tratamento de diversas doenças, incluindo a obesidade, dislipidemia, resistência à insulina e aterosclerose6. O rimonabanto tem aprovação no Brasil7 e na Europa, mas não nos Estados Unidos8. Grandes estudos comprovaram a eficácia do rimonabanto, como o RIO-Europe, RIO-North America, RIO-Lipids e RIO-Diabetes. Um ano de tratamento com rimonabanto 20 mg/dia, juntamente com uma dieta hipocalórica e promoção de atividade física, produziram redução no peso, na circunferência da cintura, e melhoras no colesterol HDL, triglicerídeos, glicose e resistência à insulina. Apesar de o rimonabanto ser bem tolerado, pode apresentar efeitos colaterais como alterações no humor, depressão, ansiedade, tonturas, náuseas e, até mesmo, ideações suicidas9. 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No Brasil, a prevalência é de aproximadamente 32% de sobrepeso e 8% de obesidade4. Conseqüentemente, especialistas têm desenvolvido novas condutas para tratar/prevenir essa condição. Vem crescendo a atenção no potencial terapêutico das substâncias que interferem no sistema endocanabinóide5, devido ao seu papel no controle da ingestão alimentar e balanço energético. Este sistema age em áreas específicas do cérebro, como o hipotálamo, e em tecidos periféricos (adipócitos, hepatócitos, trato gastrointestinal e músculo esquelético). Portanto, drogas (rimonabanto) que interferem em sua ação são promissoras no tratamento de diversas doenças, incluindo a obesidade, dislipidemia, resistência à insulina e aterosclerose6. O rimonabanto tem aprovação no Brasil7 e na Europa, mas não nos Estados Unidos8. Grandes estudos comprovaram a eficácia do rimonabanto, como o RIO-Europe, RIO-North America, RIO-Lipids e RIO-Diabetes. 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Caros Editores, Doenças cardiovasculares são consideradas um problema de saúde pública, sendo responsáveis por 30% das mortes no mundo1. Diabetes, hipertensão arterial, tabagismo e o surgimento de novos fatores de risco (aumento da circunferência abdominal e dislipidemia), contribuem reconhecidamente para o risco cardiovascular global2. A população adulta americana apresenta cerca de 66% de sobrepeso e 34% de obesidade3. No Brasil, a prevalência é de aproximadamente 32% de sobrepeso e 8% de obesidade4. Conseqüentemente, especialistas têm desenvolvido novas condutas para tratar/prevenir essa condição. Vem crescendo a atenção no potencial terapêutico das substâncias que interferem no sistema endocanabinóide5, devido ao seu papel no controle da ingestão alimentar e balanço energético. Este sistema age em áreas específicas do cérebro, como o hipotálamo, e em tecidos periféricos (adipócitos, hepatócitos, trato gastrointestinal e músculo esquelético). Portanto, drogas (rimonabanto) que interferem em sua ação são promissoras no tratamento de diversas doenças, incluindo a obesidade, dislipidemia, resistência à insulina e aterosclerose6. O rimonabanto tem aprovação no Brasil7 e na Europa, mas não nos Estados Unidos8. Grandes estudos comprovaram a eficácia do rimonabanto, como o RIO-Europe, RIO-North America, RIO-Lipids e RIO-Diabetes. Um ano de tratamento com rimonabanto 20 mg/dia, juntamente com uma dieta hipocalórica e promoção de atividade física, produziram redução no peso, na circunferência da cintura, e melhoras no colesterol HDL, triglicerídeos, glicose e resistência à insulina. Apesar de o rimonabanto ser bem tolerado, pode apresentar efeitos colaterais como alterações no humor, depressão, ansiedade, tonturas, náuseas e, até mesmo, ideações suicidas9. Carta aos editores