Thauane Barbosa da Silva, Paula Zamboti Brandão, Oswaldo Aparecido Caetano
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A faixa etária de 45 a 49 anos apresentou maior valor, com coeficiente de mortalidade de 359,06. Em relação a escolaridade, o coeficiente de mortalidade das mães com escolaridade ignorada obteve valor de 455,07. As mulheres pardas apresentaram maior incidência de óbitos, com 827 mortes. De acordo com o estado civil, as progenitoras solteiras obtiveram maior número de mortes, com 1226 óbitos. Com o estudo, pode-se observar que a mortalidade é maior nos extremos de idade, nas mulheres com baixa escolaridade, solteiras e de etnia parda ou negra. Dessa maneira, foi constatado que a mortalidade materna no estado do Rio de Janeiro se distribui de forma desigual. 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Mortalidade Materna no estado do Rio de Janeiro: um perfil epidemiológico
A mortalidade materna é definida como o óbito de uma mulher no período gestacional ou puerperal. Ela é um importante indicador de saúde da população, sendo usada para qualificar desenvolvimento e qualidade de vida dos países. Este trabalho teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico das mortes maternas ocorridas no Estado do Rio de Janeiro, entre 2009 e 2019 e discutir os aspectos sociodemográficos relacionados a mortalidade materna. As bases de dados utilizadas foram o Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC), adquiridos através do Departamento do Sistema Único de Saúde (DATASUS). No intervalo estudado foram registrados 1851 óbitos maternos por causa obstétrica e o coeficiente de mortalidade materna total do estudo foi 78,83. A faixa etária de 45 a 49 anos apresentou maior valor, com coeficiente de mortalidade de 359,06. Em relação a escolaridade, o coeficiente de mortalidade das mães com escolaridade ignorada obteve valor de 455,07. As mulheres pardas apresentaram maior incidência de óbitos, com 827 mortes. De acordo com o estado civil, as progenitoras solteiras obtiveram maior número de mortes, com 1226 óbitos. Com o estudo, pode-se observar que a mortalidade é maior nos extremos de idade, nas mulheres com baixa escolaridade, solteiras e de etnia parda ou negra. Dessa maneira, foi constatado que a mortalidade materna no estado do Rio de Janeiro se distribui de forma desigual. Ao analisar os fatores epidemiológicos notou-se que existem subgrupos de populações mais vulneráveis ao óbito durante o período gestacional e puerpério.