Hugo Rafael Silva e Souza, P. Garcia, Elzio da Silva Barboza, F. E. Pinho
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As zonas mineralizadas, compostas majoritariamente de galena, pirita e esfalerita, ocorrem como brechas, veios e disseminações. Os sulfetos estão associados a alterações hidrotermais das rochas hospedeiras, uma precoce, pré-mineralização (com quartzo-sericita e calcita), e outra tardia, pós-mineralização (com calcita e clorita). As maiores concentrações de minério seguem estruturas com orientação N60-70W e N80-85W, correspondentes às zonas de falhas que contêm o minério brechado. Cálculos geotermométricos indicam temperaturas entre 120 e 190°C para os fluidos hidrotermais tardi a epigenéticos, responsáveis pela formação da clorita. Os dados obtidos do depósito apontam para uma mineralização associada a um sistema meso a epitermal, que afetou diamictitos, previamente convertidos em hornfels pelo contato com o Granito São Vicente. 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Tipologia das mineralizações e química mineral do depósito de Pb‑(Zn) Ranchão, zona interna da Faixa Paraguai, Mato Grosso, Brasil
Localizado cerca de 50 km a sudeste da cidade de Cuiabá, o depósito de Pb-(Zn) Ranchão é hospedado por metadiamictitos neoproterozoicos do Grupo Cuiabá (Formação Coxipó, Membro Mata-Mata), zona interna da Faixa Paraguai. As rochas hospedeiras encontram-se intensamente deformadas e foram submetidas a metamorfismo regional na fácies xisto verde e de contato (fácies hornblenda hornfels), resultante da intrusão do Granito São Vicente, de idade cambriana. Este trabalho apresenta a caracterização geológica, petrográfica e de química mineral das mineralizações plumbo-zincíferas do depósito Ranchão, visando compreender os processos metalogenéticos responsáveis pelas concentrações de sulfetos. As zonas mineralizadas, compostas majoritariamente de galena, pirita e esfalerita, ocorrem como brechas, veios e disseminações. Os sulfetos estão associados a alterações hidrotermais das rochas hospedeiras, uma precoce, pré-mineralização (com quartzo-sericita e calcita), e outra tardia, pós-mineralização (com calcita e clorita). As maiores concentrações de minério seguem estruturas com orientação N60-70W e N80-85W, correspondentes às zonas de falhas que contêm o minério brechado. Cálculos geotermométricos indicam temperaturas entre 120 e 190°C para os fluidos hidrotermais tardi a epigenéticos, responsáveis pela formação da clorita. Os dados obtidos do depósito apontam para uma mineralização associada a um sistema meso a epitermal, que afetou diamictitos, previamente convertidos em hornfels pelo contato com o Granito São Vicente. Esses resultados representam uma perspectiva para prospecção de mineralizações similares na Baixada Cuiabana e em outras faixas metassedimentares dobradas com características similares.