{"title":"19世纪末作为主体性观测站的词典","authors":"José Horta Nunes","doi":"10.20396/lil.v24i47.8667088","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo aborda-se o dicionário como um observatório da subjetividade. É analisado o Dicionário de Vocábulos Brasileiros, de Beaurepaire Rohan, publicado em 1889, prestes à implantação da República no Brasil. São discutidas questões teóricas e metodológicas sobre discurso lexicográfico, montagem de corpus e funcionamento linguístico-discursivo de definições lexicográficas. Montaram-se quatro séries de nomes de sujeitos: a) provincianos, exploradores, líderes; b) ocupações, profissões, proprietariado; c) raças e mestiçagem; d) sujeitos que falham. Consideraram-se relações com espacialidades territoriais (província, campo, espaço urbano e outros). Mostra-se que os sentidos atribuídos aos sujeitos funcionam na contradição entre discursos de organização do território e outros que destes são distanciados.","PeriodicalId":40391,"journal":{"name":"Linguas e Instrumentos Linguisticos","volume":"71 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"O dicionário como observatório da subjetividade no final do século XIX\",\"authors\":\"José Horta Nunes\",\"doi\":\"10.20396/lil.v24i47.8667088\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Neste artigo aborda-se o dicionário como um observatório da subjetividade. É analisado o Dicionário de Vocábulos Brasileiros, de Beaurepaire Rohan, publicado em 1889, prestes à implantação da República no Brasil. São discutidas questões teóricas e metodológicas sobre discurso lexicográfico, montagem de corpus e funcionamento linguístico-discursivo de definições lexicográficas. Montaram-se quatro séries de nomes de sujeitos: a) provincianos, exploradores, líderes; b) ocupações, profissões, proprietariado; c) raças e mestiçagem; d) sujeitos que falham. Consideraram-se relações com espacialidades territoriais (província, campo, espaço urbano e outros). Mostra-se que os sentidos atribuídos aos sujeitos funcionam na contradição entre discursos de organização do território e outros que destes são distanciados.\",\"PeriodicalId\":40391,\"journal\":{\"name\":\"Linguas e Instrumentos Linguisticos\",\"volume\":\"71 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2021-10-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"1\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Linguas e Instrumentos Linguisticos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.20396/lil.v24i47.8667088\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"0\",\"JCRName\":\"LANGUAGE & LINGUISTICS\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Linguas e Instrumentos Linguisticos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/lil.v24i47.8667088","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LANGUAGE & LINGUISTICS","Score":null,"Total":0}
O dicionário como observatório da subjetividade no final do século XIX
Neste artigo aborda-se o dicionário como um observatório da subjetividade. É analisado o Dicionário de Vocábulos Brasileiros, de Beaurepaire Rohan, publicado em 1889, prestes à implantação da República no Brasil. São discutidas questões teóricas e metodológicas sobre discurso lexicográfico, montagem de corpus e funcionamento linguístico-discursivo de definições lexicográficas. Montaram-se quatro séries de nomes de sujeitos: a) provincianos, exploradores, líderes; b) ocupações, profissões, proprietariado; c) raças e mestiçagem; d) sujeitos que falham. Consideraram-se relações com espacialidades territoriais (província, campo, espaço urbano e outros). Mostra-se que os sentidos atribuídos aos sujeitos funcionam na contradição entre discursos de organização do território e outros que destes são distanciados.